Desemprego: novo recorde
Desde que Michel Temer assumiu o governo, em agosto, sabia-se que, mesmo que tudo desse certo na economia, o desemprego iria demorar a cair. É assim em qualquer crise. Mas os dados de desemprego anunciados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira surpreenderam negativamente. A taxa de desemprego atingiu 13,2% no trimestre […]
Da Redação
Publicado em 31 de março de 2017 às 18h37.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 18h51.
Desde que Michel Temer assumiu o governo, em agosto, sabia-se que, mesmo que tudo desse certo na economia, o desemprego iria demorar a cair. É assim em qualquer crise. Mas os dados de desemprego anunciados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira surpreenderam negativamente. A taxa de desemprego atingiu 13,2% no trimestre encerrado em fevereiro, e registrou um novo recorde: 13,5 milhões de pessoas estão procurando trabalho. É o maior número da série histórica, iniciada em 2012.
O total de desempregados no período é 1,4 milhão (11,7%) maior do que o verificado no trimestre anterior (entre setembro e novembro) e 3,2 milhões (30,6%) superior ao mesmo trimestre de 2016. O índice do IBGE mede o número de pessoas procurando emprego ativamente nos últimos 30 dias.
Entre os setores que tiveram um trimestre ruim, o IBGE registrou queda na ocupação na administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (redução de 702.000 pessoas) e na indústria geral (menos 225.000 pessoas). Houve alta nos setores de alojamento e alimentação (169.000) e informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (215.000 pessoas).
A população ocupada também bateu recorde negativo: 89,3 milhões de pessoas, 1,8 milhão a menos do que o registrado no mesmo trimestre do ano passado. Economistas estimam que a taxa de desemprego deixará de aumentar a partir de março e, após alguns meses estável, passará a cair. De acordo com a consultoria Go Associados, deverá encerrar o ano em 12,5%.