Desemprego no Brasil sobe a 7,9% e tem maior nível em 2 anos
É a maior taxa desde o primeiro trimestre de 2013, quando atingiu 8,0 por cento
Da Redação
Publicado em 7 de maio de 2015 às 11h48.
Rio de Janeiro/São Paulo - A taxa de desemprego subiu a 7,9 por cento no primeiro trimestre deste ano na comparação com os três meses anteriores, maior patamar em dois anos, em meio ao forte aumento da procura por emprego, em mais um sinal das dificuldades enfrentadas pela economia ainda que o rendimento real do trabalhador tenha subido.
A leitura apontada pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua divulgada nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ( IBGE ) mostrou alta em relação à taxa de 6,5 por cento no quarto trimestre.
Também ficou acima do resultado do primeiro trimestre de 2014, quando a taxa de desocupação no país alcançou 7,2 por cento, e é a mais elevada desde o primeiro trimestre de 2013, quando alcançou 8,0 por cento.
Os dados da Pnad Contínua sobre o período de janeiro a março deste ano mostram recorrência do cenário de aumento da procura por trabalho e do corte de vagas, que vem sendo a marca do mercado de trabalho desde o início do ano.
"Existe uma pressão maior sobre o mercado de trabalho. A elevação da taxa de desemprego é consequência do aumento da procura sem geração de vagas", disse o coordenador do IBGE, Cimar Azeredo.
Ele explicou que o primeiro trimestre normalmente registra a sazonalidade da dispensa de temporários, mas que desta vez o resultado foi maior.
ALTA DA DESOCUPAÇÃO De acordo com a pesquisa, entre janeiro e março, o número de desocupados, que inclui aqueles que tomaram alguma providência para conseguir trabalho, chegou a 7,934 milhões de pessoas, alta de 23 por cento em relação ao quarto trimestre.
No primeiro trimestre, o nível de ocupação no país, que mede a parcela da população ocupada em relação à população em idade de trabalhar, foi de 56,2 por cento, contra 56,9 por cento no quarto trimestre de 2014 e 56,8 por cento nos três primeiros meses do ano passado.
Assim, a população ocupada chegou a 92,023 milhões de pessoas, um recuo de 0,9 por cento sobre o período anterior.
"Em todos os cenário tem aumento da desocupação e houve geração nula de postos de trabalho e até dispensas. A pesquisa mostra que isso é consequência do cenário econômico", completou Azeredo.
O mercado de trabalho vem sucumbindo à fragilidade da economia, cuja expectativa é de contração neste ano, à inflação alta e aos juros elevados.
Por outro lado, o IBGE informou que o rendimento real dos trabalhadores teve alta de 0,8 por cento na comparação com o trimestre anterior, para 1.840 reais, mas ficou estável em relação ao primeiro trimestre do ano passado.
A Pnad Contínua tem abrangência nacional e o objetivo é que substitua a Pesquisa Mensal de Emprego (PME), que considera apenas dados apurados em seis regiões metropolitanas do país. De acordo com a PME, em março o desemprego subiu pelo terceiro mês, chegando a 6,2 por cento.
Texto atualizado às 11h48
Rio de Janeiro/São Paulo - A taxa de desemprego subiu a 7,9 por cento no primeiro trimestre deste ano na comparação com os três meses anteriores, maior patamar em dois anos, em meio ao forte aumento da procura por emprego, em mais um sinal das dificuldades enfrentadas pela economia ainda que o rendimento real do trabalhador tenha subido.
A leitura apontada pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua divulgada nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ( IBGE ) mostrou alta em relação à taxa de 6,5 por cento no quarto trimestre.
Também ficou acima do resultado do primeiro trimestre de 2014, quando a taxa de desocupação no país alcançou 7,2 por cento, e é a mais elevada desde o primeiro trimestre de 2013, quando alcançou 8,0 por cento.
Os dados da Pnad Contínua sobre o período de janeiro a março deste ano mostram recorrência do cenário de aumento da procura por trabalho e do corte de vagas, que vem sendo a marca do mercado de trabalho desde o início do ano.
"Existe uma pressão maior sobre o mercado de trabalho. A elevação da taxa de desemprego é consequência do aumento da procura sem geração de vagas", disse o coordenador do IBGE, Cimar Azeredo.
Ele explicou que o primeiro trimestre normalmente registra a sazonalidade da dispensa de temporários, mas que desta vez o resultado foi maior.
ALTA DA DESOCUPAÇÃO De acordo com a pesquisa, entre janeiro e março, o número de desocupados, que inclui aqueles que tomaram alguma providência para conseguir trabalho, chegou a 7,934 milhões de pessoas, alta de 23 por cento em relação ao quarto trimestre.
No primeiro trimestre, o nível de ocupação no país, que mede a parcela da população ocupada em relação à população em idade de trabalhar, foi de 56,2 por cento, contra 56,9 por cento no quarto trimestre de 2014 e 56,8 por cento nos três primeiros meses do ano passado.
Assim, a população ocupada chegou a 92,023 milhões de pessoas, um recuo de 0,9 por cento sobre o período anterior.
"Em todos os cenário tem aumento da desocupação e houve geração nula de postos de trabalho e até dispensas. A pesquisa mostra que isso é consequência do cenário econômico", completou Azeredo.
O mercado de trabalho vem sucumbindo à fragilidade da economia, cuja expectativa é de contração neste ano, à inflação alta e aos juros elevados.
Por outro lado, o IBGE informou que o rendimento real dos trabalhadores teve alta de 0,8 por cento na comparação com o trimestre anterior, para 1.840 reais, mas ficou estável em relação ao primeiro trimestre do ano passado.
A Pnad Contínua tem abrangência nacional e o objetivo é que substitua a Pesquisa Mensal de Emprego (PME), que considera apenas dados apurados em seis regiões metropolitanas do país. De acordo com a PME, em março o desemprego subiu pelo terceiro mês, chegando a 6,2 por cento.
Texto atualizado às 11h48