Desemprego: a retomada das vagas começou
A terça-feira trouxe mais uma notícia positiva para a economia. O governo anunciou que 59.800 vagas de trabalho com carteira assinada foram criadas em abril. Foi o melhor resultado para abril desde 2014 e o segundo mês positivo do ano, após 22 meses de perdas de vagas. Em março, o resultado havia sido negativo em […]
Da Redação
Publicado em 16 de maio de 2017 às 18h43.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h10.
A terça-feira trouxe mais uma notícia positiva para a economia. O governo anunciou que 59.800 vagas de trabalho com carteira assinada foram criadas em abril. Foi o melhor resultado para abril desde 2014 e o segundo mês positivo do ano, após 22 meses de perdas de vagas. Em março, o resultado havia sido negativo em 63.600, enquanto em fevereiro 35.700 empregos foram criados.
No acumulado do ano, o saldo ainda é negativo, mas tão pequeno que indica estabilidade no número de vagas. Foram eliminadas 933 vagas nos primeiros quatro meses do ano. Os números positivos de abril levantam, mais uma vez, a questão de quanto a melhora é pontual ou significa uma retomada nas contratações. Economistas ressaltam que o mês de abril costuma trazer uma melhora sazonal. Mesmo assim, os dados indicam uma tendência que deve se manter nos próximos meses.
“Os dados ainda são voláteis, assim como toda a economia. Em maio podemos ter estabilidade, mas a tendência é que o ritmo de criação de vagas se mantenha no restante do ano”, diz o economista Luiz Castelli, da consultoria GO Associados. Para economistas, números positivos devem vir de setores como indústria, agropecuária e serviços. Juntos, esses três segmentos acumulam um saldo positivo de 117.287 vagas criadas no ano. Já no varejo e, principalmente, na construção civil a retomada deve ser devagar. Esses setores ainda dependem de uma melhora consistente na economia para voltar a gerar empresas.
Economistas ainda divergem sobre o número de vagas que serão criadas ao longo do ano: enquanto a GO Associados projeta 150.000 novas vagas, a LCA Consultores estima apenas 3.000. De qualquer forma, os números continuarão bem longe dos 3 milhões de vagas perdidas durante a crise. A taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua também deve demorar mais para cair. Isso porque o número de pessoas procurando emprego tende a aumentar à medida que são anunciadas novas vagas abertas. Haja paciência para os 14,2 milhões de brasileiros desempregados.