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Desavença entre Catar e países árabes não deve afetar Opep

A decisão do rompimento veio em meio a acusações de que o Catar estaria tentando desestabilizar o Oriente Médio e financiando grupos terroristas

Opep: "é como cortar laços com o Irã. Isso foi algo que não teve impacto nas decisões de política da Opep", avaliou o porta-voz da Organização (Edgar Su/File Photo/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 5 de junho de 2017 às 10h53.

São Paulo - As tensões causadas pela decisão de quatro países árabes - Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos (EAU) e Bahrein - de romper relações diplomáticas com o Reino do Catar não afetará o acordo global para conter a produção de petróleo, segundo uma autoridade da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).

A decisão do rompimento veio em meio a acusações de que o Catar estaria tentando desestabilizar o Oriente Médio e financiando grupos terroristas.

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"É como cortar laços com o Irã. Isso foi algo que não teve impacto nas decisões de política da Opep, nem mesmo durante guerras, e membros da Opep sempre superaram suas diferenças", avaliou o dirigente da Opep, que não quis se identificar. "Além disso, o Catar não é influente nos mercados de petróleo como o Irã", acrescentou.

A Opep e países de fora do cartel, como Rússia e Venezuela, vêm procurando reduzir sua produção de petróleo em torno de 1,8 milhão de barris por dia neste primeiro semestre e, recentemente, decidiram estender esses esforços até março de 2018.

Já fontes com conhecimento do assunto dizem também que o desacordo entre Catar e nações árabes não prejudica as exportações de petróleo do país e é improvável que restrinja suas vendas de gás natural líquido para mercados internacionais.

"É possível que prejudique embarques de gás para os EAU ou Egito, mas outros países não terão impacto", diz uma das fontes. "A rota marítima para clientes na Ásia ou mesmo para países vizinhos, como o Kuwait, não deverão sofrer impacto", afirmou outra fonte. (com informações da Dow Jones Newswires)

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