Demissões já atingem 9% dos metalúrgicos da Grande São Paulo
Foram cerca de 30 mil demissões, de uma base composta até então por 335 mil trabalhadores.
Da Redação
Publicado em 13 de junho de 2015 às 10h58.
São Paulo - De janeiro até agora, 9% dos metalúrgicos da Grande São Paulo perderam o emprego. Foram cerca de 30 mil demissões , de uma base composta até então por 335 mil trabalhadores. Boa parte desse contingente é de funcionários de autopeças e fabricantes de máquinas.
"No ano passado, no mesmo período, foram mais ou menos 4 mil demissões, mas a maioria era reposição; já este ano são cortes e não há contratações", diz o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e da Força Sindical, Miguel Torres.
Durante toda a semana, a Força Sindical promoveu manifestações em diversos bairros da capital paulista em protesto contra as demissões ocorridas entre os metalúrgicos nas cidades de São Paulo, Mogi-Guaçu, Poá, Guararema, Biritiba-Mirim, Guarulhos, Osasco, Santo André e São Caetano do Sul. "Daqui pra frente, qualquer demissão que ocorrer vamos parar a fábrica", diz Torres.
Segundo ele, há alternativas ao corte, como férias coletivas e lay-off (suspensão temporária dos contratos de trabalho). Ele admite, porém, que o quadro econômico é complicado e lamenta que o Banco Central tenha sinalizado que os juros vão continuar subindo, o que pode retrair ainda mais a economia.
Montadoras
Novo grupo de montadoras anunciou paradas em razão da queda das vendas. No Rio de Janeiro, MAN Latin America, Nissan e PSA Peugeot Citroën anunciaram férias coletivas e lay-off.
Segundo o diretor do Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense, Bartholomeu Citeli, a fabricante de caminhões MAN encerrou o segundo turno de trabalho na fábrica de Resende e colocará 600 funcionários em lay-off. Os cerca de 800 trabalhadores do primeiro turno vão continuar operando com jornada e salários reduzidos em 10%.
Na PSA, em Porto Real, entre 700 e 800 funcionários ficarão em casa por três semanas a partir de segunda-feira. Na Nissan, inaugurada no ano passado também em Resende, a produção de automóveis será interrompida entre 24 de junho e 12 de julho, com a dispensa de cerca de 1 mil a 1,2 mil trabalhadores. Neste ano, até maio, as montadoras eliminaram 6,3 mil postos de trabalho.
A forte crise pela qual passa a indústria automotiva afeta também o segmento de autopeças. No primeiro quadrimestre, o nível de emprego no setor recuou 10,61% em relação a igual período do ano passado. Só em abril, a queda foi de 11,72% em relação ao mesmo mês do ano passado, segundo dados do Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
São Paulo - De janeiro até agora, 9% dos metalúrgicos da Grande São Paulo perderam o emprego. Foram cerca de 30 mil demissões , de uma base composta até então por 335 mil trabalhadores. Boa parte desse contingente é de funcionários de autopeças e fabricantes de máquinas.
"No ano passado, no mesmo período, foram mais ou menos 4 mil demissões, mas a maioria era reposição; já este ano são cortes e não há contratações", diz o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e da Força Sindical, Miguel Torres.
Durante toda a semana, a Força Sindical promoveu manifestações em diversos bairros da capital paulista em protesto contra as demissões ocorridas entre os metalúrgicos nas cidades de São Paulo, Mogi-Guaçu, Poá, Guararema, Biritiba-Mirim, Guarulhos, Osasco, Santo André e São Caetano do Sul. "Daqui pra frente, qualquer demissão que ocorrer vamos parar a fábrica", diz Torres.
Segundo ele, há alternativas ao corte, como férias coletivas e lay-off (suspensão temporária dos contratos de trabalho). Ele admite, porém, que o quadro econômico é complicado e lamenta que o Banco Central tenha sinalizado que os juros vão continuar subindo, o que pode retrair ainda mais a economia.
Montadoras
Novo grupo de montadoras anunciou paradas em razão da queda das vendas. No Rio de Janeiro, MAN Latin America, Nissan e PSA Peugeot Citroën anunciaram férias coletivas e lay-off.
Segundo o diretor do Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense, Bartholomeu Citeli, a fabricante de caminhões MAN encerrou o segundo turno de trabalho na fábrica de Resende e colocará 600 funcionários em lay-off. Os cerca de 800 trabalhadores do primeiro turno vão continuar operando com jornada e salários reduzidos em 10%.
Na PSA, em Porto Real, entre 700 e 800 funcionários ficarão em casa por três semanas a partir de segunda-feira. Na Nissan, inaugurada no ano passado também em Resende, a produção de automóveis será interrompida entre 24 de junho e 12 de julho, com a dispensa de cerca de 1 mil a 1,2 mil trabalhadores. Neste ano, até maio, as montadoras eliminaram 6,3 mil postos de trabalho.
A forte crise pela qual passa a indústria automotiva afeta também o segmento de autopeças. No primeiro quadrimestre, o nível de emprego no setor recuou 10,61% em relação a igual período do ano passado. Só em abril, a queda foi de 11,72% em relação ao mesmo mês do ano passado, segundo dados do Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.