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Demanda por voos domésticos no Brasil cai pelo quarto mês

A taxa de ocupação das aeronaves ficou em 77,91 por cento, baixa de 3,4 pontos percentuais

Avião: a taxa de ocupação ficou em 77,91 por cento, baixa de 3,4 pontos percentuais (anyaberkut/Thinkstock)
DR

Da Redação

Publicado em 15 de dezembro de 2015 às 11h44.

São Paulo - A demanda por voos domésticos no Brasil em novembro recuou 7,9 por cento ante o mesmo mês de 2014, quarto mês consecutivo de baixa e regredindo aos níveis de 2013, informou nesta terça-feira a Abear, entidade que representa as companhias aéreas.

A oferta caiu 3,9 por cento no mesmo período. Com isso, a taxa de ocupação das aeronaves ficou em 77,9 por cento, baixa de 3,4 pontos percentuais.

O presidente da entidade, Eduardo Sanovicz, disse que a crise econômica afetou de tal forma os consumidores que, mesmo com ações promocionais das companhias aéreas, a demanda já não reage, o que impossibilita a sustentação das taxas de ocupação das aeronaves.

Tal cenário complica ainda mais a situação das companhias aéreas, que vêm tendo sua rentabilidade afetada não só pelo recuo da demanda, mas também pela valorização do dólar, que eleva os custos com querosene de aviação.

O desempenho fraco do mês passado ocorre após quedas na demanda de 0,6 por cento em agosto, de 0,8 por cento em setembro e de 5,7 por cento no dado de outubro, que já havia sido o pior desempenho na série histórica da associação, iniciada em 2012.

"A gente mudou de patamar em relação à queda da demanda. A crise pegou pesado nossos consumidores de forma verificável", afirmou Sanovicz. Para a Abear, a tendência para o próximo mês é de que a tendência de baixa se acentue.

"Esse ano o resultado será o pior da nossa série histórica com certeza absoluta", disse Sanovicz.

Entre as companhias aéreas brasileiras, a TAM manteve a liderança do mercado doméstico, com fatia de 37,12 por cento, ante 38,79 em novembro de 2014, seguida pela Gol, com 35,27 por cento do mercado, ante 36,39 por cento anteriormente.

A Azul permaneceu em terceiro lugar, com avanço na fatia para 17,11 por cento frente 16,49 por cento, e a parcela da Avianca subiu para 10,51 por cento, ante 8,33 por cento em novembro do ano passado.

Voos internacionais

No segmento de voos internacionais, a demanda subiu 9,8 por cento, ante expansão da oferta de 11,3 por cento, resultando em taxa de ocupação de 79,6 por cento, redução de 1,1 ponto percentual sobre novembro de 2014.

As taxas de crescimento se mantêm altas por conta da entrada das operações internacionais da Azul em dezembro do ano passado. Contudo, a Abear apontou que as taxas registradas mês a mês têm se mostrado gradualmente menores.

No mercado de voos para exterior, a participação da TAM caiu para 79,99 por cento, frente 84,02 por cento um ano antes, e a da Gol recuou para 12,67 por cento, contra 15,89 por cento anteriormente.

A participação da Azul ficou em 7,27 por cento, enquanto a da Avianca caiu para 0,07 por cento, contra 0,09 por cento um ano antes.

Texto atualizado às 12h44

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São Paulo - A demanda por voos domésticos no Brasil em novembro recuou 7,9 por cento ante o mesmo mês de 2014, quarto mês consecutivo de baixa e regredindo aos níveis de 2013, informou nesta terça-feira a Abear, entidade que representa as companhias aéreas.

A oferta caiu 3,9 por cento no mesmo período. Com isso, a taxa de ocupação das aeronaves ficou em 77,9 por cento, baixa de 3,4 pontos percentuais.

O presidente da entidade, Eduardo Sanovicz, disse que a crise econômica afetou de tal forma os consumidores que, mesmo com ações promocionais das companhias aéreas, a demanda já não reage, o que impossibilita a sustentação das taxas de ocupação das aeronaves.

Tal cenário complica ainda mais a situação das companhias aéreas, que vêm tendo sua rentabilidade afetada não só pelo recuo da demanda, mas também pela valorização do dólar, que eleva os custos com querosene de aviação.

O desempenho fraco do mês passado ocorre após quedas na demanda de 0,6 por cento em agosto, de 0,8 por cento em setembro e de 5,7 por cento no dado de outubro, que já havia sido o pior desempenho na série histórica da associação, iniciada em 2012.

"A gente mudou de patamar em relação à queda da demanda. A crise pegou pesado nossos consumidores de forma verificável", afirmou Sanovicz. Para a Abear, a tendência para o próximo mês é de que a tendência de baixa se acentue.

"Esse ano o resultado será o pior da nossa série histórica com certeza absoluta", disse Sanovicz.

Entre as companhias aéreas brasileiras, a TAM manteve a liderança do mercado doméstico, com fatia de 37,12 por cento, ante 38,79 em novembro de 2014, seguida pela Gol, com 35,27 por cento do mercado, ante 36,39 por cento anteriormente.

A Azul permaneceu em terceiro lugar, com avanço na fatia para 17,11 por cento frente 16,49 por cento, e a parcela da Avianca subiu para 10,51 por cento, ante 8,33 por cento em novembro do ano passado.

Voos internacionais

No segmento de voos internacionais, a demanda subiu 9,8 por cento, ante expansão da oferta de 11,3 por cento, resultando em taxa de ocupação de 79,6 por cento, redução de 1,1 ponto percentual sobre novembro de 2014.

As taxas de crescimento se mantêm altas por conta da entrada das operações internacionais da Azul em dezembro do ano passado. Contudo, a Abear apontou que as taxas registradas mês a mês têm se mostrado gradualmente menores.

No mercado de voos para exterior, a participação da TAM caiu para 79,99 por cento, frente 84,02 por cento um ano antes, e a da Gol recuou para 12,67 por cento, contra 15,89 por cento anteriormente.

A participação da Azul ficou em 7,27 por cento, enquanto a da Avianca caiu para 0,07 por cento, contra 0,09 por cento um ano antes.

Texto atualizado às 12h44
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