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Para Delfim, Tombini subirá taxa Selic se necessário

Para Delfim Netto, uma variação, por exemplo, de 0,25 ponto porcentual na Selic traria impactos apenas no setor de serviços, mas mudaria pouco as decisões de investimentos na produção

Delfim Netto: ainda segundo o ex-ministro, a esperança é de que o aumento da oferta, principalmente de commodities agrícolas, ocorra até o segundo semestre e controle a inflação. (Wikimedia Commons/EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.

São Paulo - O ex-ministro da Fazenda Delfim Netto elogiou, nesta quinta-feira, o presidente do Banco Central (BC) , Alexandre Tombini e disse que a autoridade monetária "não vai se submeter ao cabo deguerra entre os vendedores de papéis do mercado financeiro e o governo e, portanto, subirá a taxa básica de juros (Selic) se achar necessário". A afirmação foi feita em evento na Câmara Americana de Comércio (Amcham).

Indagado se, diante da demonstração clara, na ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), de que a inflação segue sob pressão, o BC não elevaria a Selic na próxima reunião, Delfim ponderou: "É muito melhor para o governo aguardar como a inflação se comportará até o segundo semestre, quando sempre há um recuo, antes de subir a Selic.

Para o economista, uma variação, por exemplo, de 0,25 ponto porcentual na Selic traria impactos apenas no setor de serviços, mas mudaria pouco as decisões de investimentos na produção. "Seria importante apenas para o mercado financeiro. Não tem influência maior no sistema produtivo", emendou.

Ainda segundo o ex-ministro, a esperança é de que o aumento da oferta, principalmente de commodities agrícolas, ocorra até o segundo semestre e controle a inflação sem a necessidade de mudança na taxa básica de juros. "Se aumentar agora (a Selic), quando os preços caírem em agosto, um estatístico falará que a baixa foi por causa da decisão (do Copom), o que não será verdade."

Delfim elogiou, com ressalvas, a decisão do governo de fazer concessões e ainda de pressionar, por meio dos bancos oficiais, a queda dos juros reais. "Nas concessões o governo faz a coisa certa, mas de maneira equivocada, o que gera ruídos do sistema. Já a baixa na taxa de juros real, essa sim tem efeitos na produção", disse. "Deem credito de confiança ao Brasil, pois, ainda que a aparência seja de tumulto, faz a coisa certa", concluiu.

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São Paulo - O ex-ministro da Fazenda Delfim Netto elogiou, nesta quinta-feira, o presidente do Banco Central (BC) , Alexandre Tombini e disse que a autoridade monetária "não vai se submeter ao cabo deguerra entre os vendedores de papéis do mercado financeiro e o governo e, portanto, subirá a taxa básica de juros (Selic) se achar necessário". A afirmação foi feita em evento na Câmara Americana de Comércio (Amcham).

Indagado se, diante da demonstração clara, na ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), de que a inflação segue sob pressão, o BC não elevaria a Selic na próxima reunião, Delfim ponderou: "É muito melhor para o governo aguardar como a inflação se comportará até o segundo semestre, quando sempre há um recuo, antes de subir a Selic.

Para o economista, uma variação, por exemplo, de 0,25 ponto porcentual na Selic traria impactos apenas no setor de serviços, mas mudaria pouco as decisões de investimentos na produção. "Seria importante apenas para o mercado financeiro. Não tem influência maior no sistema produtivo", emendou.

Ainda segundo o ex-ministro, a esperança é de que o aumento da oferta, principalmente de commodities agrícolas, ocorra até o segundo semestre e controle a inflação sem a necessidade de mudança na taxa básica de juros. "Se aumentar agora (a Selic), quando os preços caírem em agosto, um estatístico falará que a baixa foi por causa da decisão (do Copom), o que não será verdade."

Delfim elogiou, com ressalvas, a decisão do governo de fazer concessões e ainda de pressionar, por meio dos bancos oficiais, a queda dos juros reais. "Nas concessões o governo faz a coisa certa, mas de maneira equivocada, o que gera ruídos do sistema. Já a baixa na taxa de juros real, essa sim tem efeitos na produção", disse. "Deem credito de confiança ao Brasil, pois, ainda que a aparência seja de tumulto, faz a coisa certa", concluiu.

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