A delegação brasileira enviada à Argentina conseguiu evitar a aplicação de medidas restritivas às exportações brasileiras de fogões e geladeiras, aceitando quotas de exportação. O desfecho foi anunciado por nota do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, nesta quinta-feira (15/7) à noite. O Comitê de Monitoramento do Comércio Bilateral entre Brasil e Argentina, coordenado por Marcio Fortes de Almeida, secretário executivo da pasta brasileira, passou o dia em Buenos Aires negociando uma saída para o impasse.

No setor de geladeiras, foi acertado que o Brasil poderá exportar 36,3 mil unidades em agosto e setembro. Foi formado um grupo de trabalho para determinar a dimensão do mercado consumidor argentino, no qual "estima-se que o Brasil terá uma participação na faixa de 50%", diz a nota.

No caso dos fogões brasileiros, o setor privado dos dois países chegou a um acordo que prevê exportação total de 90 mil unidades à Argentina no ano de 2004. No primeiro semestre de 2005, o teto é de 47,5 mil fogões.

No momento da divulgação da nota, os participantes das negociações ainda não tinham descoberto uma fórmula satisfatória para resolver o impasse no capítulo das máquinas de lavar.