Deferência do G20 à políticas da China irrita o Japão
A China evitou críticas à sua gestão econômica na reunião do G20 que sediou no fim de semana, ganhando até mesmo aplausos pela transparência do iuan
Da Redação
Publicado em 25 de julho de 2016 às 10h39.
Xangai/Tóquio- A China evitou críticas à sua gestão econômica na reunião do G20 que sediou no fim de semana, ganhando até mesmo aplausos pela transparência do iuan, o que gerou frustração das autoridades japoneses que pedem mais reformas de Pequim.
Foi um contraste marcante em relação à reunião do G20 de fevereiro que reuniu chefes de Finanças em Xangai, quando as autoridades chinesas estavam na defensiva sobre o risco de nova desvalorização do iuan.
Enquanto a segunda maior economia do mundo tem desacelerado e o iuan caiu para a mínima de cinco anos e meio ante o dólar ao longo dos últimos cinco meses, os ministros das Finanças e membros de bancos centrais do G20 pareciam mais preocupados com as consequências da decisão britânica de sair da União Europeia.
"Os problemas de crescimento da China e declínio da taxa de câmbio não foram uma grande questão aqui. O Japão, com suas preocupações, foi deixado um pouco sozinho, ninguém queria participar", disse uma autoridade europeia, explicando que o Tóquio fracassou em manter sobre a mesa suas preocupações com o desempenho econômico da China, um grande risco para o Japão.
O Japão já falhou neste ano em ganhar o apoio de outros países industrializados para restringir o fortalecimento do iene, que subiu para as máximas de dois anos e meio ante o dólar mesmo com a economia enfraquecendo e as exportações em queda.
"O Japão continua preocupado com a economia da China e continuaremos a pedir que os Estados Unidos e a Europa não mudem sua atenção", disse uma autoridade japonesa, mas acrescentou que Tóquio decidiu "ficar quieto" sobre o câmbio durante a reunião.
Xangai/Tóquio- A China evitou críticas à sua gestão econômica na reunião do G20 que sediou no fim de semana, ganhando até mesmo aplausos pela transparência do iuan, o que gerou frustração das autoridades japoneses que pedem mais reformas de Pequim.
Foi um contraste marcante em relação à reunião do G20 de fevereiro que reuniu chefes de Finanças em Xangai, quando as autoridades chinesas estavam na defensiva sobre o risco de nova desvalorização do iuan.
Enquanto a segunda maior economia do mundo tem desacelerado e o iuan caiu para a mínima de cinco anos e meio ante o dólar ao longo dos últimos cinco meses, os ministros das Finanças e membros de bancos centrais do G20 pareciam mais preocupados com as consequências da decisão britânica de sair da União Europeia.
"Os problemas de crescimento da China e declínio da taxa de câmbio não foram uma grande questão aqui. O Japão, com suas preocupações, foi deixado um pouco sozinho, ninguém queria participar", disse uma autoridade europeia, explicando que o Tóquio fracassou em manter sobre a mesa suas preocupações com o desempenho econômico da China, um grande risco para o Japão.
O Japão já falhou neste ano em ganhar o apoio de outros países industrializados para restringir o fortalecimento do iene, que subiu para as máximas de dois anos e meio ante o dólar mesmo com a economia enfraquecendo e as exportações em queda.
"O Japão continua preocupado com a economia da China e continuaremos a pedir que os Estados Unidos e a Europa não mudem sua atenção", disse uma autoridade japonesa, mas acrescentou que Tóquio decidiu "ficar quieto" sobre o câmbio durante a reunião.