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Custo do trabalho em dólar sobe 33,7% no Brasil em 2005

Valorização da moeda brasileira e ganho real dos salários pressionaram a folha de pagamento, segundo a CNI

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h07.

O custo da mão-de-obra, em dólar, subiu 33,7% no Brasil em 2005, de acordo com pesquisa da Confederação Nacional da Indústria. O levantamento aponta que a valorização do real foi o maior responsável pela pressão, seguida pelo aumento real de 1,1% do custo médio com salários e pela queda de 1,4% da produtividade. Em reais, porém, o custo do trabalho subiu apenas 2,5%, uma alta considerada pequena pela CNI.

De acordo com a confederação, nos últimos três anos, o custo do trabalho, em dólar, aumentou 60%. A preocupação dos industriais é que isso corroa a competitividade dos produtos brasileiros no exterior. "Para compensar o aumento, as empresas deverão empreender um esforço ainda maior na busca por maior produtividade ou redução do custo real com salários", diz a CNI.

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O gerente-executivo da unidade de Pesquisa e Avaliação da CNI, Renato da Fonseca, afirma que, no longo prazo, além da valorização da moeda brasileira, o que mais preocupa a indústria é a queda da produtividade dos trabalhadores. Com o recuo de 1,4% registrado no ano passado, a produtividade do setor encerrou o período 2001-2005 com alta acumulada de apenas 3,4%. Além de anular os ganhos acumulados nos anos 90, o desempenho compromete o futuro das exportações.

"O importante seria criar um ambiente econômico que estimule os investimento para a produção. Isso gera crescimento de produtividade do trabalho, o que pode reverter o quadro atual", diz Fonseca.

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