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Custo da energia elétrica para indústria sobe 59% em 3 anos

Pesquisa mostra aumento real de 59,3% no custo com energia para a indústria brasileira nos últimos três anos

Transmissão de energia elétrica: Rio de Janeiro é o estado com o custo médio mais alto do país (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)
DR

Da Redação

Publicado em 27 de julho de 2016 às 21h08.

Pesquisa sobre o custo da energia elétrica para a pequena e média indústria no Brasil, divulgada hoje (27) pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), revela aumento real de 59,3% no custo com energia para a indústria brasileira nos últimos três anos.

O Rio de Janeiro é o estado com o custo médio mais alto do país.

Ele alcança R$ 628,53 por megawatt-hora (MWh) com tributos, “que é o valor final que a indústria chega a pagar com  Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS), Programa de Integração Social (PIS) e Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins)”, disse a analista de Estudos de Infraestrutura do Sistema Firjan, Ana Thereza Carvalho Costa.

O custo da energia elétrica do Rio de Janeiro supera em 17,4% a média nacional de R$ 535,28 por MWh e é 27,7% mais alto do que em Minas Gerais e 29,6% maior do que em São Paulo, principais estados competidores.

De acordo com a Firjan, isso faz com que a energia elétrica diminua a competitividade do setor produtivo fluminense.

Variação

A pesquisa mostra que, de todos os tributos, o ICMS é o que pesa mais para o aumento do custo da energia na indústria do Rio de Janeiro. “Representa 29%, o maior do país”, informou Ana Thereza.

O custo da energia no Rio de Janeiro mostra ainda variação de 60% sobre o Amapá, que registra o menor valor do país (R$ 250,48).

Entre os fatores que influenciaram o aumento do custo de energia para a indústria no Brasil, Ana Thereza citou a questão hidrológica “bastante complicada” dos últimos anos, que levou ao acionamento de usinas termelétricas, mais caras que as hidrelétricas, e, em consequência, acionou a bandeira tarifária vermelha.

“Foi basicamente esse acionamento das termelétricas que aumentou o custo“.

A analista da Firjan destacou que, este ano, já se notou queda no custo da energia para a indústria nacional por causa do acionamento da bandeira tarifária verde, que não traz nenhum adicional ao custo da tarifa.

Adicional

Em julho, o valor da energia atingiu R$ 535,28, custo mais baixo que o registrado no ano passado, de R$ 557,68 por MWh.

“Em 2015, passamos o ano todo com a bandeira tarifária vermelha acionada, que trazia um adicional de até R$ 45 por MWh. Agora, não estamos mais com esse adicional. Está com a bandeira tarifária verde, sem adicional tarifário”.

Segundo Ana Thereza, houve melhoria das condições hidrológicas que permitiram o desligamento das termelétricas mais caras “e, assim, a gente desligou a bandeira tarifária vermelha”.

Esse fato favoreceu o setor industrial nacional, porque a energia elétrica pode representar, no caso das indústrias eletrointensivas, até 40% dos custos de produção.

“Se você tem uma energia elétrica muito cara, os custos de produção aumentam muito. Significa perda de competitividade. Para o Rio de Janeiro, que tem a energia elétrica mais cara do Brasil, isso representa uma perda de competitividade forte para a indústria perante estados competidores como Minas Gerais e São Paulo, que têm custo mais barato”. concluiu a analista.

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O Rio de Janeiro é o estado com o custo médio mais alto do país.

Ele alcança R$ 628,53 por megawatt-hora (MWh) com tributos, “que é o valor final que a indústria chega a pagar com  Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS), Programa de Integração Social (PIS) e Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins)”, disse a analista de Estudos de Infraestrutura do Sistema Firjan, Ana Thereza Carvalho Costa.

O custo da energia elétrica do Rio de Janeiro supera em 17,4% a média nacional de R$ 535,28 por MWh e é 27,7% mais alto do que em Minas Gerais e 29,6% maior do que em São Paulo, principais estados competidores.

De acordo com a Firjan, isso faz com que a energia elétrica diminua a competitividade do setor produtivo fluminense.

Variação

A pesquisa mostra que, de todos os tributos, o ICMS é o que pesa mais para o aumento do custo da energia na indústria do Rio de Janeiro. “Representa 29%, o maior do país”, informou Ana Thereza.

O custo da energia no Rio de Janeiro mostra ainda variação de 60% sobre o Amapá, que registra o menor valor do país (R$ 250,48).

Entre os fatores que influenciaram o aumento do custo de energia para a indústria no Brasil, Ana Thereza citou a questão hidrológica “bastante complicada” dos últimos anos, que levou ao acionamento de usinas termelétricas, mais caras que as hidrelétricas, e, em consequência, acionou a bandeira tarifária vermelha.

“Foi basicamente esse acionamento das termelétricas que aumentou o custo“.

A analista da Firjan destacou que, este ano, já se notou queda no custo da energia para a indústria nacional por causa do acionamento da bandeira tarifária verde, que não traz nenhum adicional ao custo da tarifa.

Adicional

Em julho, o valor da energia atingiu R$ 535,28, custo mais baixo que o registrado no ano passado, de R$ 557,68 por MWh.

“Em 2015, passamos o ano todo com a bandeira tarifária vermelha acionada, que trazia um adicional de até R$ 45 por MWh. Agora, não estamos mais com esse adicional. Está com a bandeira tarifária verde, sem adicional tarifário”.

Segundo Ana Thereza, houve melhoria das condições hidrológicas que permitiram o desligamento das termelétricas mais caras “e, assim, a gente desligou a bandeira tarifária vermelha”.

Esse fato favoreceu o setor industrial nacional, porque a energia elétrica pode representar, no caso das indústrias eletrointensivas, até 40% dos custos de produção.

“Se você tem uma energia elétrica muito cara, os custos de produção aumentam muito. Significa perda de competitividade. Para o Rio de Janeiro, que tem a energia elétrica mais cara do Brasil, isso representa uma perda de competitividade forte para a indústria perante estados competidores como Minas Gerais e São Paulo, que têm custo mais barato”. concluiu a analista.

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