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Custeio de ensino superior público é insustentável, diz MEC

A secretária-executiva do MEC ressaltou que o próximo governo, a ser eleito no ano que vem, deverá se deparar com uma situação insustentável

Universidade: "O grande problema é a folha de pagamento que cresce, enquanto os recursos para custeio diminuem" (Cecília Bastos /Jornal da USP/ USP Imagens/Divulgação)
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Reuters

Publicado em 28 de setembro de 2017 às 21h05.

São Paulo - O ensino superior público federal já absorve mais de 50 por cento do orçamento anual do governo federal para educação , mas o custeio do sistema é insustentável, afirmou nesta quinta-feira a secretária-executiva da pasta, Maria Helena Guimarães de Castro.

"O grande problema é a folha de pagamento que cresce, enquanto os recursos para custeio diminuem", disse ela durante o Fórum Nacional do Ensino Superior Particular (FNESP), em São Paulo. De acordo com ela, os números de matrículas quase dobraram de 2009 para 2016, para 1,2 milhão de alunos, com a implementação do Reuni (Reestruturação e Expansão das Universidades Federais) pelo então ministro da Educação, Fernando Haddad.

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"Com a multiplicação de campi, as folhas de pagamento praticamente triplicaram e o custeio quase quadruplica de 2009 para cá", afirmou Maria Helena.

A secretária-executiva do MEC ressaltou que o próximo governo, a ser eleito no ano que vem, deverá se deparar com uma situação insustentável. "Deixaremos um relatório com sugestões e esperamos que consigam resolver", disse ela sem dar detalhes.

Segundo ela, o governo desembolsa quase 53 bilhões de reais com o custeio de universidades, instituições e escolas técnicas federais, fora bolsas e hospitais universitários.

Em 2017, o orçamento do MEC foi elevado à 139 bilhões de reais, ante 129 bilhões de reais em 2016.

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