Economia

Crescimento pode chegar a 3,5% em 2004, avalia o IBEP

"Depois de um 2003 difícil, o governo imagina colocar o país de volta nos trilhos do crescimento em 2004", avalia o Instituto Brasileiro de Estudos Políticos. O IBEP avalia que as primeiras informações sobre a proposta de Lei de Diretrizes Orçamentárias, que já está em fase de elaboração, para ser apresentado em agosto ao Congresso, […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h03.

"Depois de um 2003 difícil, o governo imagina colocar o país de volta nos trilhos do crescimento em 2004", avalia o Instituto Brasileiro de Estudos Políticos. O IBEP avalia que as primeiras informações sobre a proposta de Lei de Diretrizes Orçamentárias, que já está em fase de elaboração, para ser apresentado em agosto ao Congresso, indica esse caminho. "Nesse sentido, o segundo ano da administração Lula testemunharia uma inflexão de rumos, mais em linha com a vocação do PT. Para tanto, a idéia seria elevar substancialmente os investimentos estatais e por bancos e fundos públicos, submetendo-os aos propósitos desenvolvimentistas do governo", afirma.

A rigor, a meta de superávit primário continuaria a mesa deste ano, fixada em 4,25% do PIB, mas se projetaria um crescimento da ordem de 3,5%. O aumento do nível de atividade incrementaria a receita tributária, que também se beneficiaria de uma inflação relativamente alta, entre 6% e 7% no ano. Nesse raciocínio, o dinheiro extra (no total a receita federal chegaria a R$ 400 bilhões) seria o motor da recuperação econômica.

"Não há como deixar de ver uma boa dose de otimismo nessas projeções, mas o fato é que a questão tem forte conteúdo político. Vale notar que, do lado das despesas, insinua-se a implementação de um amplo programa de cortes de custos administrativos e, por outro lado, uma contenção dos salários do funcionalismo e a limitação do ajuste do mínimo. Em princípio, a volta do crescimento daria fôlego para sustentar politicamente essas posições", afirmam.

Inflação

Dentre os principais parâmetros com que trabalha o ministério do Planejamento na elaboração da LDO de 2004, destaca-se o nível de inflação. De acordo com as informações disponíveis, projeta-se um IPCA entre 6% e 7% no ano. Isso pode criar certa confusão nos mercados. Afinal, como se sabe, a meta de inflação de 2004 é de 3,75%, com margem de tolerância de 2,5 pontos percentuais. Como se torna óbvio, portanto, o governo trabalha com a hipótese de que o índice tenderá a ficar até mesmo acima do limite superior da meta. O problema todo é que se arrisca a ver os mercados interpretarem essa projeção, por mais realista e tecnicamente justificável, como o alvo real com que opera o Banco Central, uma espécie de meta "oculta", destacada do ideal divulgado publicamente. Esse tipo de percepção pode afetar negativamente as expectativas e prejudicar o próprio combate à inflação.

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