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Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h00.
Elaborar uma agenda global com ênfase nas questões sociais é uma preocupação crescente da sociedade civil em boa parte do mundo. Esta é a principal conclusão de uma pesquisa encomendada pelo III Fórum Social Mundial e divulgada nesta quinta-feira na abertura do evento. Foram ouvidas 15 mil pessoas, em 15 países (Argentina, Canadá, China, Alemanha, Grã-Bretanha, Índia, Itália, México, Holanda, Nigéria, Rússia, Qatar, Coréia do Sul, Turquia e Estados Unidos), que revelaram as seguintes preocupações:
O perfil das respostas, porém, muda de acordo com os países. Na Inglaterra, por exemplo, 75% dos entrevistados acreditam que forças externas poderosas controlam o futuro da maioria. Já entre os americanos, há uma tendência a acreditar que as pessoas controlam seus próprios destinos.
Em 10 dos 15 países pesquisados, como na Alemanha e na Coréia do Sul, a maioria acredita que a globalização concentra riquezas em vez de distribuí-las. Já os americanos, os mexicanos e os qatarianos vêem a globalização como fonte de oportunidades para todos. Em países em desenvolvimento, como a Índia e a China, as pessoas estão divididas, mas outros estudos conduzidos nesses países pelo instituto responsável pela pesquisa mostram que a população em geral é a favor da globalização.
Curiosamente, os chineses são os mais propensos a acreditar que a globalização é uma conseqüência natural da evolução da economia e são os que menos suspeitam dos interesses das companhias multinacionais. Já os indianos são os mais incrédulos: seis em cada 10 deles apontam os interesses das grandes empresas por trás da globalização.
A pesquisa, realizada nos últimos dois meses, foi encomendada pelos organizadores do Fórum e teve a supervisão do instituto Environics International que coordenou institutos de pesquisa de cada um dos 15 países.