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Coutinho vê ataque para BNDES "fechar torneira"

O presidente do BNDES admitiu que "com situação de dificuldade fiscal, a crítica conservadora recrudesceu", em referência aos cortes de repasses do Tesouro

Coutinho: em resposta às críticas, o presidente do banco reafirmou que não há outra forma de financiamento de longo prazo além do BNDES (Marcello Casal Jr/AGÊNCIA BRASIL)
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Da Redação

Publicado em 8 de novembro de 2013 às 12h30.

São Paulo - O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social ( BNDES ), Luciano Coutinho, avaliou, nesta sexta-feira, 08, em São Paulo, que o único sistema de financiamento de longo prazo atualmente é a instituição pública de fomento e classificou que "o BNDES está sob ataque para fechar a torneira".

Ele evitou se referir diretamente aos cortes previstos dos repasses do Tesouro, mas admitiu que "com situação de dificuldade fiscal, a crítica conservadora recrudesceu".

Coutinho reafirmou que não há outra forma de financiamento de longo prazo além do BNDES, diante da necessidade de liquidez diária de bancos. "O sistema bancário privado mundial é avesso a dar crédito de longo prazo, e no caso brasileiro há um descasamento das poupanças de curto prazo e a capacidade de emprestar", disse.

"A saída para financiamentos de longo prazo seria mudança no sistema de poupança para longo prazo", completou.

O presidente do BNDES lembrou que não é possível fazer intervenção na poupança como foi feita no Plano Collor, e defendeu que essa mudança seja feita de forma "não agressiva" e em um cenário de queda nos juros, o que deve demorar.

"No curto prazo, portanto, atrair financiamento de longo prazo se dá com debêntures, mas elas têm potencial limitado de R$ 10 bilhões a R$ 15 bilhões".

Coutinho finalizou lembrando que os desembolsos do BNDES devem chegar ao recorde de R$ 190 bilhões em 2013, um recorde histórico, para voltar a rebater os críticos. "A agenda de desmontar o financiamento do BNDES é mortalmente contrária aos interesses do País", concluiu.

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Ele evitou se referir diretamente aos cortes previstos dos repasses do Tesouro, mas admitiu que "com situação de dificuldade fiscal, a crítica conservadora recrudesceu".

Coutinho reafirmou que não há outra forma de financiamento de longo prazo além do BNDES, diante da necessidade de liquidez diária de bancos. "O sistema bancário privado mundial é avesso a dar crédito de longo prazo, e no caso brasileiro há um descasamento das poupanças de curto prazo e a capacidade de emprestar", disse.

"A saída para financiamentos de longo prazo seria mudança no sistema de poupança para longo prazo", completou.

O presidente do BNDES lembrou que não é possível fazer intervenção na poupança como foi feita no Plano Collor, e defendeu que essa mudança seja feita de forma "não agressiva" e em um cenário de queda nos juros, o que deve demorar.

"No curto prazo, portanto, atrair financiamento de longo prazo se dá com debêntures, mas elas têm potencial limitado de R$ 10 bilhões a R$ 15 bilhões".

Coutinho finalizou lembrando que os desembolsos do BNDES devem chegar ao recorde de R$ 190 bilhões em 2013, um recorde histórico, para voltar a rebater os críticos. "A agenda de desmontar o financiamento do BNDES é mortalmente contrária aos interesses do País", concluiu.

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