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Coutinho defende mais bancos privados financiando concessões

Coutinho acredita que, se os projetos forem consistentes, haverá “perfeitas condições” de serem financiados

Luciano Coutinho: presidente do BNDES disse que já existe entendimento equilibrado sobre como ficarão spreads do BNDES e de bancos privados no financiamento de concessões (Rooswelt Pinheiro/AGÊNCIA BRASIL)
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Da Redação

Publicado em 24 de setembro de 2013 às 13h08.

Rio de Janeiro - Uma maior participação dos bancos privados no financiamento para as novas concessões de infraestrutura foi defendida hoje (12) pelo presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho .

Após participar da cerimônia de encerramento da 3º Conferência de Inovação Brasil-Estados Unidos, no Rio de Janeiro, ele disse que a expectativa é positiva para os leilões do setor.

“Vai abrir espaço para as debêntures incentivadas pela Lei 12.431, e que o mercado de capitais possa ter uma fatia importante de participação. Também vejo uma disposição favorável dos bancos privados de participar do financiamento, em consórcios”, disse.

Coutinho acredita que, se os projetos forem consistentes, haverá “perfeitas condições” de serem financiados.

Peguntado qual poderia ser a participação dos bancos privados no financiamento às concessões, declarou que isso vai depender do “apetite ao risco” das instituições, podendo variar entre 30% e 70%, e da disposição de tomar financiamento de longo prazo. Isso será visto no desdobramento dos projetos, ressaltou. “A nossa atitude é extremamente aberta de compartilhar”.

Segundo Coutinho, essa posição foi manifestada aos bancos privados desde o primeiro momento.


O presidente do BNDES disse que já existe um entendimento equilibrado a respeito de como vão ficar os spreads (diferença entre os juros que o banco cobra ao emprestar e a taxa que ele paga ao captar dinheiro) do BNDES e dos bancos privados no financiamento das concessões. “Quando o banco toma o risco do projeto, ele tem a parcela principal de spread”. Isso significa que quanto maior for o risco, mais spread a instituição vai ter.

“Ao compartilhar o nosso funding [recursos] com outro banco, nós também temos que ter uma remuneração equivalente. Não queremos ganhar mais nem menos do que ninguém. Tem que ter uma composição balanceada”. Segundo Coutinho, os bancos já chegaram a uma fórmula. Ele se esquivou, porém, de comentar sobre valores.

Coutinho confirmou também o que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse mais cedo em São Paulo, que ainda não há definição sobre o aporte de recursos que o Tesouro Nacional fará ao BNDES. “Ainda estamos em conversações”, declarou.

Em relação à espionagem que teria sido praticada pelo governo dos Estados Unidos na Petrobras, o presidente do BNDES descartou que isso poderá alterar o primeiro leilão do pré-sal, marcado para o dia 21 de outubro.

“Não tem nada a ver uma coisa com a outra. O leilão de Libra não vai ser suspenso”. Lembrou que a presidenta da Petrobras, Graça Foster, já se manifestou sobre o assunto. Coutinho disse que está aguardando o entendimento da diplomacia brasileira sobre o episódio de espionagem, conforme a presidenta da República, Dilma Rousseff, encaminhou ao presidente norte-americano, Barack Obama.

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Rio de Janeiro - Uma maior participação dos bancos privados no financiamento para as novas concessões de infraestrutura foi defendida hoje (12) pelo presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho .

Após participar da cerimônia de encerramento da 3º Conferência de Inovação Brasil-Estados Unidos, no Rio de Janeiro, ele disse que a expectativa é positiva para os leilões do setor.

“Vai abrir espaço para as debêntures incentivadas pela Lei 12.431, e que o mercado de capitais possa ter uma fatia importante de participação. Também vejo uma disposição favorável dos bancos privados de participar do financiamento, em consórcios”, disse.

Coutinho acredita que, se os projetos forem consistentes, haverá “perfeitas condições” de serem financiados.

Peguntado qual poderia ser a participação dos bancos privados no financiamento às concessões, declarou que isso vai depender do “apetite ao risco” das instituições, podendo variar entre 30% e 70%, e da disposição de tomar financiamento de longo prazo. Isso será visto no desdobramento dos projetos, ressaltou. “A nossa atitude é extremamente aberta de compartilhar”.

Segundo Coutinho, essa posição foi manifestada aos bancos privados desde o primeiro momento.


O presidente do BNDES disse que já existe um entendimento equilibrado a respeito de como vão ficar os spreads (diferença entre os juros que o banco cobra ao emprestar e a taxa que ele paga ao captar dinheiro) do BNDES e dos bancos privados no financiamento das concessões. “Quando o banco toma o risco do projeto, ele tem a parcela principal de spread”. Isso significa que quanto maior for o risco, mais spread a instituição vai ter.

“Ao compartilhar o nosso funding [recursos] com outro banco, nós também temos que ter uma remuneração equivalente. Não queremos ganhar mais nem menos do que ninguém. Tem que ter uma composição balanceada”. Segundo Coutinho, os bancos já chegaram a uma fórmula. Ele se esquivou, porém, de comentar sobre valores.

Coutinho confirmou também o que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse mais cedo em São Paulo, que ainda não há definição sobre o aporte de recursos que o Tesouro Nacional fará ao BNDES. “Ainda estamos em conversações”, declarou.

Em relação à espionagem que teria sido praticada pelo governo dos Estados Unidos na Petrobras, o presidente do BNDES descartou que isso poderá alterar o primeiro leilão do pré-sal, marcado para o dia 21 de outubro.

“Não tem nada a ver uma coisa com a outra. O leilão de Libra não vai ser suspenso”. Lembrou que a presidenta da Petrobras, Graça Foster, já se manifestou sobre o assunto. Coutinho disse que está aguardando o entendimento da diplomacia brasileira sobre o episódio de espionagem, conforme a presidenta da República, Dilma Rousseff, encaminhou ao presidente norte-americano, Barack Obama.

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