Bancos não conseguem suprir crédito mais longo, diz Coutinho
O presidente do BNDES admitiu haver um "problema estrutural de financiamento"
Da Redação
Publicado em 8 de novembro de 2013 às 12h19.
São Paulo - O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social ( BNDES ), Luciano Coutinho, disse nesta sexta-feira, 8, em São Paulo, que o sistema financeiro, embora robusto, é incapaz de suprir o crédito de longo prazo. "Os financiamentos de longo prazo ficam a cargo do BNDES, restrito às grandes empresas e exportadoras", disse.
"Temos problema estrutural de financiamento", completou ele, durante conferência do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Coutinho avaliou que as reservas externas brasileiras, de quase US$ 400 bilhões, "nos dá proteção, mas não é garantia absoluta", diante do cenário externo volátil.
Ele lembrou que após a crise financeira houve "um processo escandaloso de socorro aos bancos no exterior", com a injeção de recursos públicos em bancos e empresas, como a General Motors, nos Estados Unidos.
"O sistema financeiro desregulado é perigoso à sociedade, pois socializa efeitos da crise. E a crise aponta que é preciso regulação preventiva e disciplinar para defender a sociedade", completou.
São Paulo - O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social ( BNDES ), Luciano Coutinho, disse nesta sexta-feira, 8, em São Paulo, que o sistema financeiro, embora robusto, é incapaz de suprir o crédito de longo prazo. "Os financiamentos de longo prazo ficam a cargo do BNDES, restrito às grandes empresas e exportadoras", disse.
"Temos problema estrutural de financiamento", completou ele, durante conferência do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Coutinho avaliou que as reservas externas brasileiras, de quase US$ 400 bilhões, "nos dá proteção, mas não é garantia absoluta", diante do cenário externo volátil.
Ele lembrou que após a crise financeira houve "um processo escandaloso de socorro aos bancos no exterior", com a injeção de recursos públicos em bancos e empresas, como a General Motors, nos Estados Unidos.
"O sistema financeiro desregulado é perigoso à sociedade, pois socializa efeitos da crise. E a crise aponta que é preciso regulação preventiva e disciplinar para defender a sociedade", completou.