Economia

Copom mantém Selic em 13,75%, mas abre porta para queda na reunião de agosto

Juros: Banco Central manteve taxa pela 7ª reunião consecutiva. Selic está nesse patamar desde agosto de 2022

A decisão, a sétima consecutiva, veio em linha com as expectativas dos analistas do mercado financeiro (Arquivo/Agência Brasil)

A decisão, a sétima consecutiva, veio em linha com as expectativas dos analistas do mercado financeiro (Arquivo/Agência Brasil)

Antonio Temóteo
Antonio Temóteo

Repórter especial de Macroeconomia

Publicado em 21 de junho de 2023 às 18h41.

Última atualização em 21 de junho de 2023 às 18h48.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) anunciou nesta quarta-feira 21 a manutenção na taxa básica de juros (Selic), em 13,75% ao ano, mas abriu a porta para uma queda na próxima reunião do colegiado, em agosto. A decisão, a sétima consecutiva, veio em linha com as expectativas dos analistas do mercado financeiro, que apostavam majoritariamente a taxa não seria alterada.

"O Comitê avalia que a conjuntura demanda paciência e serenidade na condução da política monetária e relembra que os passos futuros da política monetária dependerão da evolução da dinâmica inflacionária, em especial dos componentes mais sensíveis à política monetária e à atividade econômica, das expectativas de inflação, em particular as de maior prazo, de suas projeções de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos", sinalizou o BC.

Pela segunda reunião consecutiva, o Copom deste mês ocorreu com menos um integrante. A cadeira de Política Monetária é acumulada pelo diretor de Política Econômica, Diogo Abry Guillen, até que Gabriel Galípolo seja sabatinado pelo Senado para ocupar o posto. Ele e Ailton de Aquino Santos, indicado para a Diretoria de Fiscalização, devem estar presentes na próxima reunião, em agosto. A sabatina dos dois esta marcada para 27 de junho.

No último boletim Focus, divulgado na segunda-feira 19, a mediana para os juros básicos no fim de 2023 baixou de 12,50% para 12,25% ao ano. Para o término de 2024, a expectativa também caiu, de 10,00% para 9,50% após 17 semanas de manutenção. Há um mês, as estimativas eram de 12,50% e 10,00%, nessa ordem.

Brasil tem maior juro real

O Brasil tem o segundo maior juro nominal do mundo (atrás da Argentina) e, descontada a inflação, o maior juro real.

De uma lista de 40 países monitorados pela Infinity Asset, o Brasil liderou com o maior juro real em junho, segundo o ranking elaborado pela gestora e pelo portal MoneYou.

No último ranking, o Brasil aparece com juro real de 7,54%, diante de uma inflação projetada para os próximos 12 meses.

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