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Copom eleva juro para 25%

O Copom (Comitê de Política Monetária) elevou a taxa básica de juros de 22% para 25% em sua última reunião durante a presidência de Armínio Fraga no Banco Central. O aumento de três pontos percentuais já era previsto pelo mercado financeiro, que esperava uma postura mais dura do BC para segurar a pressão inflacionária no […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h48.

O Copom (Comitê de Política Monetária) elevou a taxa básica de juros de 22% para 25% em sua última reunião durante a presidência de Armínio Fraga no Banco Central. O aumento de três pontos percentuais já era previsto pelo mercado financeiro, que esperava uma postura mais dura do BC para segurar a pressão inflacionária no fim do mandato do presidente Fernando Henrique. É a maior taxa básica de juro da economia desde maio de 1999, quando a Selic estava em 27%.

"Há três importantes aspectos que exigiam uma alta mais expressiva dos juros: a corrosão da taxa real de juros por conta dos resultados da inflação, o desgaste do sistema de metas de inflação e o ambiente de incertezas que vêm incentivando remarcações de preços", diz o relatório do banco BBV, que apostava em uma alta de 3 pontos.

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Na mesma linha, o Lloyds TSB aprova a elevação da Selic. "Além da alta da inflação, existem sinais de expansão mais forte no nível de atividade no curto prazo", diz o banco. Como exemplo, o Lloyds cita o elevado nível de utilização de capacidade instalada, inadimplência em queda e alta no índice de intenção de compras.

"O Brasil está começando a entrar em um processo inflacionário. A alta do núcleo da inflação e dos preços não comercializáveis significa que a queda do real não é mais o problema", afirmou Cristiano Oliveira, economista-chefe do Banco Schahin. "O BC precisa controlar os preços futuros e agir agora".

Em novembro, o IPCA subiu 3,02%, acumulado no ano alta de 10,22%, muito acima do teto da meta para este ano, de 5,5%, incluindo os dois pontos percentuais de tolerância. Esta é a primeira vez desde 1995 que a inflação chega aos dois dígitos. O núcleo da inflação do IPCA passou de uma alta de 0,78% em outubro para 1,32% no mês passado.

Pesquisa de opinião

Economistas ouvidos pela Reuters foram unânimes em apontar que os juros seriam em pelo menos dois pontos percentuais. Apenas um terço dos entrevistados acreditava que a alta poderia chegar a 3 pontos. Foram consultadas 21 instituições financeiras.

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