Economia

Copom contradiz previsões de economistas e reduz Selic para 16,25%

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) surpreendeu o mercado financeiro e decidiu reduzir a taxa Selic em 0,25 ponto percentual sem prever viés (possibilidade de uma nova mudança antes da próxima reunião, em abril). (Clique aqui e veja a série histórica da Selic) Com isso, a Selic passa de 16,5% ao […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h53.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) surpreendeu o mercado financeiro e decidiu reduzir a taxa Selic em 0,25 ponto percentual sem prever viés (possibilidade de uma nova mudança antes da próxima reunião, em abril). (Clique aqui e veja a série histórica da Selic) Com isso, a Selic passa de 16,5% ao ano, patamar em que estava desde dezembro, para 16,25% ao ano.

Em nota distribuída à imprensa, o BC afirma: "Tendo em vista indicações recentes de redução do risco de desvio da inflação em relação às metas, o Copom decidiu, por 6 votos a 3, reduzir a taxa SELIC para 16,25% ao ano, sem viés".

A maioria dos economistas de bancos acreditava que o Copom manteria a taxa de juros básica da economia brasileira no mesmo patamar. Para o economista-chefe do ABN Amro Asset Management, Hugo Penteado, um corte mesmo que pequeno, como o que foi realmente feito nesta quarta-feira não iria condizer com a postura rigorosa que o Copom demonstrou nas atas de janeiro e de fevereiro.

Como Walter Mundell, vice-presidente de Investimentos da Sul América Seguros, Penteado considerava como correta a conduta de o Banco Central ser insensível às críticas do empresariado e do vice-presidente da República, José Alencar, e manter a taxa estacionada em 16,5% ao ano.

Logo depois do anúncio do corte nos juros, federações e associações empresariais enviaram comunicados avaliando a decisão do Copom. Para o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Armando Monteiro Neto, a redução mostra que o Copom "compreendeu a importância de sinalizar para a queda no custo do financiamento e para a melhora das condições de liquidez da economia,

A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) não comemorou tanto. Em nota, a Fiesp afirma que "a decisão do Copom de promover um corte simbólico na Selic vai no sentido correto, porém sem a intensidade que permita no curto prazo alterar o estado de apatia do mercado interno".

Taxa de juros Selic - série histórica

2004
Março
16,25% ao ano
Fevereiro
16,5% ao ano
Janeiro
16,5% ao ano

2003
Dezembro
16,5% ao ano
Novembro
17,5% ao ano
Outubro
19% ao ano
Setembro
20% ao ano

Fonte: BC
Clique aqui para ver a série histórica da Selic, desde o início em 5/3/1999

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