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Contra expectativa, inflação na China acelera em fevereiro

No entanto, preços ao produtor continuaram a recuar, destacando a intensa pressão sobre as margens de lucro das empresas chinesas

Trabalhadores na linha de montagem na China: economistas estão preocupados com o aumento do risco de deflação na segunda maior economia do mundo (Feng Li/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 10 de março de 2015 às 08h54.

Pequim - A inflação na China acelerou de forma inesperada em fevereiro, mas os preços ao produtor continuaram a recuar, destacando a intensa pressão sobre as margens de lucro das empresas chinesas e ampliando a urgência sobre os esforços das autoridades para encontrarem novas maneiras de sustentar o crescimento.

O índice de preços ao produtor recuou 4,8 por cento em fevereiro em termos anuais, informou a Agência Nacional de Estatísticas nesta terça-feira, maior queda desde outubro de 2009, ampliando o ciclo de deflação que começou em 2012 para quase três anos.

Economistas e autoridades estão preocupados com o aumento do risco de deflação na segunda maior economia do mundo, diante da contração do mercado imobiliário , excesso de capacidade da indústria , incertezas globais e fraqueza dos preços das commodities.

A agência de estatísticas da China atribuiu a alta de 1,4 por cento nos preços ao consumidor aos custos mais altos de vegetais e frutas, enquanto a queda nos preços ao produtor se deveu ao recuo dos preços nas commodities globais, em particular energia.

Analistas consultados pela Reuters esperavam que a inflação ao consumidor chegasse a 0,9 por cento, contra 0,8 por cento no mês anterior. A expectativa para os preços ao produtor era de queda de 4,3 por cento.

"A aceleração sazonal de fevereiro na inflação de alimentos provavelmente terá vida curta e ainda esperamos que a inflação caia de volta para menos de 1 por cento nos próximos meses", escreveu Julian Evans-Pritchard, da Capital Economics.

"Entretanto, os dados de hoje de inflação sugerem que a pressão para baixo nos preços em geral começou a diminuir."

Mas alguns economistas questionaram a relevância da alta dos preços, dizendo que foi decepcionante no contexto do Ano Novo Lunar, e destacaram que não há aumento significativo nos preços da carne de porco, que normalmente sobe durante o festival que dura uma semana.

Líderes chineses anunciaram na semana passada uma meta de crescimento econômico de cerca de 7 por cento para este ano, abaixo da meta de 7,5 por cento em 2014.

A meta para o índice de preços ao consumidor foi definida em cerca de 3 por cento para este ano. A inflação anual ao consumidor ficou em 2 por cento em 2014, bem abaixo da meta do governo de 3,5 por cento.

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Pequim - A inflação na China acelerou de forma inesperada em fevereiro, mas os preços ao produtor continuaram a recuar, destacando a intensa pressão sobre as margens de lucro das empresas chinesas e ampliando a urgência sobre os esforços das autoridades para encontrarem novas maneiras de sustentar o crescimento.

O índice de preços ao produtor recuou 4,8 por cento em fevereiro em termos anuais, informou a Agência Nacional de Estatísticas nesta terça-feira, maior queda desde outubro de 2009, ampliando o ciclo de deflação que começou em 2012 para quase três anos.

Economistas e autoridades estão preocupados com o aumento do risco de deflação na segunda maior economia do mundo, diante da contração do mercado imobiliário , excesso de capacidade da indústria , incertezas globais e fraqueza dos preços das commodities.

A agência de estatísticas da China atribuiu a alta de 1,4 por cento nos preços ao consumidor aos custos mais altos de vegetais e frutas, enquanto a queda nos preços ao produtor se deveu ao recuo dos preços nas commodities globais, em particular energia.

Analistas consultados pela Reuters esperavam que a inflação ao consumidor chegasse a 0,9 por cento, contra 0,8 por cento no mês anterior. A expectativa para os preços ao produtor era de queda de 4,3 por cento.

"A aceleração sazonal de fevereiro na inflação de alimentos provavelmente terá vida curta e ainda esperamos que a inflação caia de volta para menos de 1 por cento nos próximos meses", escreveu Julian Evans-Pritchard, da Capital Economics.

"Entretanto, os dados de hoje de inflação sugerem que a pressão para baixo nos preços em geral começou a diminuir."

Mas alguns economistas questionaram a relevância da alta dos preços, dizendo que foi decepcionante no contexto do Ano Novo Lunar, e destacaram que não há aumento significativo nos preços da carne de porco, que normalmente sobe durante o festival que dura uma semana.

Líderes chineses anunciaram na semana passada uma meta de crescimento econômico de cerca de 7 por cento para este ano, abaixo da meta de 7,5 por cento em 2014.

A meta para o índice de preços ao consumidor foi definida em cerca de 3 por cento para este ano. A inflação anual ao consumidor ficou em 2 por cento em 2014, bem abaixo da meta do governo de 3,5 por cento.

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