Economia

Consumo das famílias tem menor alta desde 2003

A expectativa dos economistas é que o consumo encerre 2014 com crescimento entre 0,9% e 1,7%; de 2004 a 2013, o consumo cresceu 4,6% ao ano


	Mulher comprando roupas: Juros em alta e conservadorismo dos consumidores são alguns dos motivos da desaceleração do consumo
 (Getty Images)

Mulher comprando roupas: Juros em alta e conservadorismo dos consumidores são alguns dos motivos da desaceleração do consumo (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 9 de novembro de 2014 às 08h34.

São Paulo - Motor da economia desde a crise de 2009, o consumo das famílias deve fechar este ano com a menor taxa de crescimento desde 2003. Até junho, houve uma expansão de 1,7%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A expectativa dos economistas é que o consumo perca um pouco mais o fôlego e encerre 2014 com crescimento entre 0,9% e 1,7%. Se as projeções se confirmarem, será menos da metade da expansão da média dos últimos dez anos. Entre 2004 e 2013, o consumo cresceu 4,6% ao ano.

Para 2015, a tendência é de mais um ano de desempenho pífio do consumo, afetado pelo conservadorismo que deve prevalecer entre consumidores e instituições financeiras.

Na semana passada, Bradesco e Itaú Unibanco, os maiores bancos privados do País, cortaram as projeções de expansão do crédito para 2014.

Juros em alta, pressões inflacionárias e condições mais adversas do emprego compõem um cenário menos favorável para o endividamento e o crédito para o ano que vem.

Cautela

Depois do tombo que houve nos últimos meses na confiança dos consumidores e dos empresários, o cenário é de cautela.

Em outubro, 87,1% dos paulistanos informaram que não pretendem contrair nenhum tipo de financiamento nos próximos três meses, aponta a Pesquisa de Risco e Intenção de Endividamento da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomércio-SP), obtida com exclusividade pela reportagem.

O resultado está 2 pontos porcentuais acima do de outubro de 2013. A pesquisa revela que, no mês passado, 35,2% dos endividados tinham alguma poupança, em comparação a 32,3% em setembro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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