Consumidor termina fevereiro mais pessimista com o país

Os consumidores brasileiros estão mais pessimistas com a economia e com as perspectivas do mercado de trabalho nos próximos seis meses. Uma sondagem da Fundação Getúlio Vargas (FGV) com 1 450 chefes de família revelou que 47,3% dos entrevistados acreditam que será mais difícil obter um emprego até agosto, contra 45,4% em janeiro. Já a parcela dos que apostam que será mais fácil encontrar uma vaga caiu de 14% para 10,3%. A diferença de 37,1 pontos percentuais entre os otimistas e os pessimistas é o pior resultado para esse quesito desde julho de 2004.

Num momento em que vários analistas afirmam que aconfiança do consumidoré mais importante do que a própria disponibilidade de crédito para fortalecer omercado interno, a parcela de pessoas que acreditam na melhora da economia caiu de 45,4%, em janeiro, para 43,5% no mês passado. Já a parcela que aposta em piora sofreu ligeira regressão de 11,4% para 11,2%. A diferença entre as respostas (32,3 pontos percentuais) é o menor desde novembro de 2004.

Situação atual

A pesquisa também indicou deterioração em todas as questões referentes ao cenário atual da economia. A situação econômica foi considerada boa por 12,5% dos entrevistados e ruim por 37,3%. A diferença de 24,8 pontos percentuais entre as respostas é 4,7 pontos maior que a de janeiro e indica um avanço do pessimismo.

A situação econômica da família foi considerada boa por 13,9% dos consumidores, contra 23,5% que a consideraram ruim. Com isso, houve um aumento da diferença entre as respostas de 5,4 pontos percentuais, em janeiro, para 9,6 pontos no mês passado. Mais famílias também fecharam o mês endividadas: 26,3%, ante 23% em janeiro. Como reflexo, caiu também o número de famílias que encerraram o mês com o orçamento equilibrado de 63,5% para 58,5%.