Consumidor tem otimismo recorde, diz CNI
Pesquisa realizada pela confederação mostra que brasileiro tem hoje as melhores expectativas em relação à própria vida, ao desemprego e à renda desde 1997
Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h32.
De acordo com o estudo, o Inec atingiu o patamar dos 110,6 pontos, superando o recorde anterior de 106,3 pontos, estabelecido em junho de 2003. Frente a setembro de 2005, houve alta de 11,6%, aumento explicado pela CNI como resultado de um otimismo geral quanto às condições futuras da economia.
Dentre os índices que compõem o Inec, chegaram a níveis inéditos em setembro os referentes à satisfação com a vida, segurança no emprego e renda.
O indicador de satisfação com a vida chegou aos 102,2 pontos, 3% acima do registrado em setembro do ano passado. O medo do desemprego atingiu os 104,7 pontos, passando pela primeira vez a barreira dos 100 pontos - quanto mais alto o valor, menor o temor de ficar fora do mercado de trabalho. Já para os próximos seis meses, a expectativa quanto à evolução do nível de emprego ficou em 129,2 pontos, 3,4% superior ao recorde anterior.
O índice que apura o que esperam os brasileiros quanto à renda em geral para os próximos seis meses ficou em 111,4 pontos, nível 11,8% maior do que o registrado em setembro de 2005. Quando a pergunta particulariza a questão para a própria renda dos entrevistados, também para o próximo semestre, o índice mostra alta de 9,7% nas expectativas frente ao mesmo mês de 2005, chegando aos 110,8 pontos.
Diante de uma maior satisfação com a economia, os brasileiros se mostraram mais confiantes na tendência de queda da inflação nos próximos seis meses. O indicador ficou em 111,5 pontos, 17% superior ao observado em setembro de 2005. Além disso, aumentou a disposição para comprar no próximo trimestre: o indicador que apura essa tendência chegou a 103,1 pontos, valor que ficou 7,6% acima do projetado para o mesmo trimestre do ano passado.
A pesquisa da CNI foi feita entre os dias 9 e 11 de setembro, com 2 002 pessoas, e tem abrangência nacional. Realizado a cada três meses, o estudo usa como base dos indicadores os resultados apurados em outubro de 1997.