Economia

Consumidor chinês está mais sofisticado

Pesquisa aponta que os consumidores preferem a qualidade ao preço baixo. Produtos importados se destacam entre os eletroeletrônicos

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h08.

A velha imagem de que os chineses são consumidores em busca de produtos baratos não condiz mais com a realidade, segundo uma pesquisa da Kurt Salmon Associates, consultoria americana especializada em bens de consumo. O crescimento econômico e a gradual abertura da economia estão tornando os consumidores de classe média mais exigentes, priorizando a qualidade dos produtos, em detrimento do preço.

A pesquisa baseia-se em entrevistas com 600 pessoas, distribuídas entre as cidades de Pequim, Xangai, Chengdu e Shenyang. Os resultados gerais indicam que os chineses são bastante fiéis a marcas e escolhem os produtos segundo sua qualidade, o impacto sobre a saúde e a assistência que as empresas prestam aos clientes. O preço baixo ficou em quinto lugar nos fatores que influenciam a decisão de compra.

Divulgada pelo americano The Wall Street Journal, a pesquisa aponta ainda que 83% dos consultados foram capazes de identificar os produtos que se relacionavam a uma lista de marcas apresentadas pelos entrevistadores. A fidelidade à marca também é alta. No segmento de produtos de higiene pessoal, 78% das pessoas afirmaram que só compram marcas conhecidas e que estão pouco dispostos a mudar de opção.

A preferência por produtos nacionais ou importados também traz revelações. "Fundamentalmente, os consumidores preferem produtos chineses quando se trata de artigos para seu corpo", afirma Mohan Komanduri, diretor da Kurt Salomon para o leste da Ásia. Isto significa que, nos setores de vestuário, alimentos, higiene pessoal e artigos para casa, os produtos da própria China levam vantagem. Os importados se destacam entre os eletroeletrônicos.

Acompanhe tudo sobre:[]

Mais de Economia

MDIC quer ampliar Programa Reintegra a partir de 2025, diz Alckmin

Selic deve subir 0,25 ponto percentual e tamanho do ciclo depende dos EUA, diz economista da ARX

Lula sanciona projeto de desoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia

Haddad vê descompasso nas expectativas sobre decisões dos Bancos Centrais globais em torno dos juros