Economia

Construção civil reduz previsão de crescimento para 2004

O setor acumula retração de 12,6% nos últimos três anos.Só no primeiro trimestre de 2004, queda foi de 2,3%

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h21.

A construção civil deve crescer 3,7% neste ano e não 4,5%, como havia sido inicialmente projetado pelas entidades que representam o setor. A revisão foi conseqüência da retração de 2,3% no volume de negócios do setor, registrada no primeiro trimestre, na comparação com igual período de 2003. O desempenho contrasta com a expansão de 2,7% do Produto Interno Bruto (PIB) na mesma base e surpreendeu inclusive os próprios construtores, que esperavam uma melhora, ainda que pequena, dos negócios.

A principal referência era o índice de produção física de materiais de construção do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. No primeiro trimestre, o índice registrou aumento de 0,5%, prenúncio de que as construtoras estariam expandindo seus negócios. Segundo o vice-presidente de Economia do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP), Eduardo Zaidan, a produção de materiais subiu apenas em março, assegurando o resultado positivo para o trimestre.

Zaidan afirma que a redução da expectativa de crescimento, para este ano, é baseada na falta de investimentos efetivos em infra-estrutura e na inexistência de uma política de incentivo à construção imobiliária. No primeiro trimestre, por exemplo, as dificuldades para financiar a casa própria levaram a uma redução de 35% do número de imóveis lançados na cidade de São Paulo, maior mercado imobiliário do país, em relação a igual período de 2003. Entre janeiro e março, foram ofertados 3.856 novas unidades na cidade, ante 5.911 no trimestre de comparação.

A construção civil brasileira acumula retração de 12,6% nos últimos três anos. Em 2003, caiu 8,6%; em 2002, -1,8%; e, em 2001, -2,6%. No ano 2000, o setor cresceu 2,6%, mas o desempenho não foi suficiente para recuperar as perdas do ano anterior. Em 1999, a receita da construção havia recuado 3,7%. Segundo Zaidan, um mal desempenho do setor pode comprometer a economia em geral, já que a expansão do PIB, até março, baseou-se nas exportações e no agronegócio. "A economia brasileira é vulnerável ao cenário externo, por isso, não podemos nos descuidar dos investimentos internos", afirmou

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