Congresso dos EUA aprova acordo e encerra paralisação do governo
Pacote de financiamento e orçamento provisórios, aprovado por 240 a 186 votos na Câmara, irá em seguida para a sanção do presidente Donald Trump
Reuters
Publicado em 9 de fevereiro de 2018 às 09h55.
Washington - A Câmara dos Deputados dos Estados Unidos seguiu o Senado na manhã desta sexta-feira e aprovou um projeto de lei para acabar com uma paralisação federal que começou à meia-noite de quinta-feira, salvando republicanos de mais constrangimento e evitando sérias interrupções em atividades do governo.
O pacote de financiamento e orçamento provisórios, aprovado por 240 a 186 votos, irá em seguida para a sanção do presidente Donald Trump.
A Casa Branca disse, em comunicado, que Trump irá sancionar a lei, que ampliará o financiamento do governo até o dia 23 de março.
A paralisação, que começou à meia-noite, foi a segunda neste ano sob o Congresso controlado por republicanos e Trump, do mesmo partido e que desempenhou pequeno papel nas tentativas de líderes partidários, no início desta semana, para acabar com meses de disputas fiscais.
Um cuidadosamente elaborado pacote bipartidário de financiamento provisório e orçamento foi apresentado com confiança no início desta semana por líderes do Senado, que previram uma aprovação rápida antes do prazo de meia-noite de quinta-feira.
Mas, em uma reviravolta, o prazo foi perdido porque o senador republicano do Estado de Kentucky Rand Paul, se opondo a um déficit orçamentário no projeto de lei, se manifestou durante discurso de nove horas no plenário, que líderes não puderam interromper.
A discordância de Paul arrastou os procedimentos no Senado até a madrugada, ultrapassando o prazo e destacando a persistente inabilidade do Congresso e de Trump de lidar eficientemente com a obrigação fiscal mais básica de Washington para manter o governo funcionando.
"As maiorias republicanas na Câmara e no Senado transformaram o processo (orçamentário) em um espetáculo constrangedor, correndo de uma crise diretamente para a próxima", disse a parlamentar democrata Nita Lowey antes da votação na Câmara.