Confiança na União Europeia está em baixa, diz pesquisa
Número de europeus que desconfia do bloco dobrou nos últimos seis anos e atingiu um nível recorde
Da Redação
Publicado em 24 de julho de 2013 às 20h15.
Bruxelas - O número de europeus que desconfia da União Europeia dobrou nos últimos seis anos e atingiu um nível recorde, sendo que gregos e cipriotas, duramente afetados pela crise na zona do euro, são os que têm menos fé na instituição, segundo um nova pesquisa da UE.
A crise econômica, o desemprego recorde e os cinco resgates a países da zona do euro cobraram seu preço para a reputação da União Europeia, instituição que recebeu o Nobel da Paz do ano passado, mas é cada vez mais vista como uma burocracia pesada e intrometida.
Segundo a pesquisa do Eurobarômetro feita na primavera boreal e divulgada nesta semana, 60 por cento dos europeus "tendiam a não confiar na UE".
No começo de 2007 --antes, portanto, da crise financeira global de 2008 e da subsequente crise europeia da dívida-- apenas 32 por cento desconfiavam da UE, segundo o Eurobarômetro, serviço de opinião pública da Comissão Europeia, que é o Poder Executivo da UE.
Em Chipre, país que recebeu um polêmico resgate financeiro neste ano, a desconfiança chega a 83 por cento. Na Grécia, vitimada por uma depressão econômica, onde a UE, o FMI e o Banco Central Europeu exigem profundos cortes de gastos e empregos públicos, a desconfiança é de 80 por cento.
Os britânicos também demonstram crescente desilusão, com 68 por cento manifestando pouca confiança na UE. O primeiro-ministro britânico, David Cameron, propôs um plebiscito em 2017 sobre a permanência do Reino Unido no bloco, ao qual aderiu 40 anos atrás.
Quase metade de todos os europeus se diz pessimista quanto ao futuro do bloco de 28 nações, segundo a pesquisa. No fim de 2007, um quarto estava pessimista.
Em abril, o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, alertou para os "extremos políticos e o populismo que rasgam o apoio político e o tecido social" da Europa. Pesquisas indicam um avanço dos partidos anti-UE nas eleições para o Parlamento europeu programadas para maio de 2014.
A pesquisa do Eurobarômetro entrevistou 32.694 pessoas em toda a União Europeia, entre 10 e 26 de maio.
Bruxelas - O número de europeus que desconfia da União Europeia dobrou nos últimos seis anos e atingiu um nível recorde, sendo que gregos e cipriotas, duramente afetados pela crise na zona do euro, são os que têm menos fé na instituição, segundo um nova pesquisa da UE.
A crise econômica, o desemprego recorde e os cinco resgates a países da zona do euro cobraram seu preço para a reputação da União Europeia, instituição que recebeu o Nobel da Paz do ano passado, mas é cada vez mais vista como uma burocracia pesada e intrometida.
Segundo a pesquisa do Eurobarômetro feita na primavera boreal e divulgada nesta semana, 60 por cento dos europeus "tendiam a não confiar na UE".
No começo de 2007 --antes, portanto, da crise financeira global de 2008 e da subsequente crise europeia da dívida-- apenas 32 por cento desconfiavam da UE, segundo o Eurobarômetro, serviço de opinião pública da Comissão Europeia, que é o Poder Executivo da UE.
Em Chipre, país que recebeu um polêmico resgate financeiro neste ano, a desconfiança chega a 83 por cento. Na Grécia, vitimada por uma depressão econômica, onde a UE, o FMI e o Banco Central Europeu exigem profundos cortes de gastos e empregos públicos, a desconfiança é de 80 por cento.
Os britânicos também demonstram crescente desilusão, com 68 por cento manifestando pouca confiança na UE. O primeiro-ministro britânico, David Cameron, propôs um plebiscito em 2017 sobre a permanência do Reino Unido no bloco, ao qual aderiu 40 anos atrás.
Quase metade de todos os europeus se diz pessimista quanto ao futuro do bloco de 28 nações, segundo a pesquisa. No fim de 2007, um quarto estava pessimista.
Em abril, o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, alertou para os "extremos políticos e o populismo que rasgam o apoio político e o tecido social" da Europa. Pesquisas indicam um avanço dos partidos anti-UE nas eleições para o Parlamento europeu programadas para maio de 2014.
A pesquisa do Eurobarômetro entrevistou 32.694 pessoas em toda a União Europeia, entre 10 e 26 de maio.