Economia

Confiança do comércio sobe 4,6 pontos em novembro

Melhora na confiança do comércio: consumidor está mais otimista com o futuro financeiro dos próximos meses


	Melhora na confiança do comércio: consumidor está mais otimista com o futuro financeiro dos próximos meses
 (Thinkstock)

Melhora na confiança do comércio: consumidor está mais otimista com o futuro financeiro dos próximos meses (Thinkstock)

DR

Da Redação

Publicado em 26 de novembro de 2015 às 08h30.

Rio - O Índice de Confiança do Comércio (Icom) subiu 4,6 pontos em novembro ante o mês anterior, para 65,9 pontos, divulgou na manhã desta quinta-feira, 26, a Fundação Getulio Vargas (FGV).

O resultado interrompe uma sequência de cinco quedas consecutivas, que tinham levado o índice à mínima histórica em outubro, de 61,3 pontos.

O índice de novembro é o terceiro menor da série iniciada em março de 2010. A melhora do indicador de confiança no mês foi determinada tanto pelo aumento do grau de satisfação com o presente quanto pelo maior otimismo em relação aos meses seguintes.

O Índice da Situação Atual (ISA-COM) subiu 5,1 pontos em novembro, para 59,1 pontos, após ter recuado 6,5 pontos em outubro. O ISA está no segundo menor nível da série, superando apenas os 54,0 pontos registrados em outubro.

Já o Índice de Expectativas (IE-COM) avançou 3,8 pontos, para 73,7 pontos, depois de atingir o menor valor da série no mês anterior.

A coleta de dados para a edição de novembro da sondagem foi realizada entre os dias 3 e 24 deste mês e obteve informações de 1.210 empresas.

O avanço na confiança do comércio na passagem de outubro para novembro não muda o quadro desfavorável para o setor. Apesar da evolução registrada no mês, os indicadores permanecem em patamares muito baixos, ressaltou a FGV.

"O resultado positivo de novembro, ainda que disseminado entre os segmentos do comércio, é insuficiente para alterar o cenário ainda desfavorável do setor. Os indicadores permanecem em patamar muito baixo, refletindo a fragilidade da demanda interna num contexto de aumento do desemprego e de inflação elevada", avaliou, em nota, o economista Silvio Sales, consultor do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).

A alta de 5,1 pontos no Índice da Situação Atual (ISA-COM) em novembro foi bastante influenciada pelo item que mede o grau de satisfação das empresas com a situação atual dos negócios, que subiu 8,1 pontos no mês.

No Índice de Expectativas (IE-COM), o avanço de 3,8 pontos em novembro foi puxado, principalmente, pelo item que capta o grau de otimismo com as vendas nos três meses seguintes, que cresceu 8,9 pontos.

"Serão necessários novos números favoráveis nos próximos meses para confirmar se este movimento não teria sido uma calibragem na avaliação das empresas após o registro do mínimo histórico (na confiança) no mês anterior", completou Sales.

Acompanhe tudo sobre:ComércioCrise econômicaVarejo

Mais de Economia

Governo Lula aperta regra e trava R$ 47 bi em gastos dos ministérios até setembro; entenda

Petrobras anuncia alta de 7,1% no preço do querosene de aviação

Cigarro mais caro: governo aumenta imposto e eleva preço mínimo do maço

Análise: Sem clareza sobre o ajuste fiscal, alta de juros em 2024 entra no radar dos diretores do BC

Mais na Exame