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Confiança de serviços tem em junho maior queda desde 2015

ICS, medido pela Fundação Getulio Vargas, recuou 2,8 pontos e atingiu 81,9 pontos, depois de ter avançado no mês anterior

Serviços: recuo da confiança de serviços em junho teve como principal pano de fundo a piora do Índice de Expectativas (Foto/Thinkstock)
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Reuters

Publicado em 30 de junho de 2017 às 08h39.

São Paulo - O Índice de Confiança de Serviços (ICS) do Brasil registrou em junho a maior queda em um ano e nove meses e indica que a atividade do setor permanecerá fraca em um ambiente de incertezas políticas, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta sexta-feira.

Neste mês, o ICS recuou 2,8 pontos e atingiu 81,9 pontos, depois de ter avançado no mês anterior. Essa queda foi a maior desde setembro de 2015 (3,0 pontos).

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"A intensificação da tendência de ajuste nas expectativas, que vinha sendo observada desde o início do segundo trimestre, foi muito provavelmente influenciada pela turbulência no ambiente político", explicou o consultor do FGV/IBRE, Silvio Sales, em nota.

A cena política vem provocando cautela generalizada depois que o presidente Michel Temer passou a ser alvo de uma denúncia apresentada pela procuradoria-geral da República pelo crime de corrupção passiva.

A notificação da denúncia contra Temer foi entregue na quinta-feira ao subchefe para Assuntos Jurídicos da Casa Civil, Gustavo do Vale Rocha.

O recuo da confiança de serviços em junho teve como principal pano de fundo a piora do Índice de Expectativas (IE-S), que caiu 5,2 pontos e foi a 86,5 pontos, com destaque para o indicador que mede a demanda nos três meses seguintes.

O Índice de Situação Atual (ISA-S) teve leve queda de 0,4 ponto para 77,5 pontos, após sequência de três meses de alta e pressionado principalmente pelo indicador da situação atual dos negócios.

"Assim, ao final do primeiro semestre, ampliam-se os sinais de manutenção de um cenário de atividade fraca, adiando uma fase mais clara de recuperação do setor", conclui Sales.

A FGV explicou ainda que a fraqueza da demanda foi a maior reclamação das empresas, mas o ambiente político também influenciava e superou o clima econômico como fator limitativo pela primeira vez desde outubro de 2014.

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