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Competitividade baixa pode prejudicar comércio exterior

Segundo presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), apenas um câmbio a R$ 2,60 incentivaria uma ampliação no número de firmas exportadoras

Contêineres para exportação: a AEB segue com projeção de superávit de US$ 7 bilhões para a balança comercial neste ano, mas o número poderá ser revisado. (Joe Raedle/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 11 de fevereiro de 2014 às 16h35.

Rio - Este ano será de "grandes emoções" para o comércio exterior brasileiro, com crise na Argentina e falta de competitividade das empresas exportadoras.

A avaliação é do presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro. Segundo ele, apenas um câmbio a R$ 2,60 incentivaria uma ampliação no número de firmas exportadoras.

"Os dados da balança comercial de janeiro e fevereiro foram muito mais negativos do que se imaginava. O déficit de janeiro foi muito ruim", afirmou Castro, em conversa com jornalistas durante o seminário "Antidumping e Interesse Público", promovido nesta terça-feira, 11, pela AEB, no Rio.

A AEB segue com a projeção de superávit de US$ 7 bilhões para a balança comercial neste ano, mas o número poderá ser revisado.

Segundo Castro, a projeção foi feita em dezembro, quando a situação de crise na Argentina ainda não parecia tão grave. "Nosso comércio com a Argentina vai cair", disse.

Nos cálculos de Castro, sem poder recorrer ao mercado financeiro internacional, a Argentina precisa de superávit comercial de ao menos US$ 10 bilhões neste ano.

Como o país vizinho tem enfrentado também outros problemas com os produtos primários que exporta - como, por exemplo, o trigo -, não haverá saída além de frear importações.

"Eles têm que segurar as importações em pelo menos US$ 5 bilhões", disse Castro, completando que boa parte desse valor virá do comércio com o Brasil.

Entre os empresários, o presidente da AEB já identifica receios em relação às vendas para a Argentina. "O empresário não vai dizer que não vai vender, mas é natural que se tornem mais cautelosos", disse Castro.

Apesar disso, ele destacou a importância de as empresas brasileiras manterem seu mercado na Argentina. O risco é a China conquistar espaço, o que, passada a crise, será mais difícil de reverter.

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A avaliação é do presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro. Segundo ele, apenas um câmbio a R$ 2,60 incentivaria uma ampliação no número de firmas exportadoras.

"Os dados da balança comercial de janeiro e fevereiro foram muito mais negativos do que se imaginava. O déficit de janeiro foi muito ruim", afirmou Castro, em conversa com jornalistas durante o seminário "Antidumping e Interesse Público", promovido nesta terça-feira, 11, pela AEB, no Rio.

A AEB segue com a projeção de superávit de US$ 7 bilhões para a balança comercial neste ano, mas o número poderá ser revisado.

Segundo Castro, a projeção foi feita em dezembro, quando a situação de crise na Argentina ainda não parecia tão grave. "Nosso comércio com a Argentina vai cair", disse.

Nos cálculos de Castro, sem poder recorrer ao mercado financeiro internacional, a Argentina precisa de superávit comercial de ao menos US$ 10 bilhões neste ano.

Como o país vizinho tem enfrentado também outros problemas com os produtos primários que exporta - como, por exemplo, o trigo -, não haverá saída além de frear importações.

"Eles têm que segurar as importações em pelo menos US$ 5 bilhões", disse Castro, completando que boa parte desse valor virá do comércio com o Brasil.

Entre os empresários, o presidente da AEB já identifica receios em relação às vendas para a Argentina. "O empresário não vai dizer que não vai vender, mas é natural que se tornem mais cautelosos", disse Castro.

Apesar disso, ele destacou a importância de as empresas brasileiras manterem seu mercado na Argentina. O risco é a China conquistar espaço, o que, passada a crise, será mais difícil de reverter.

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