Comissão pede fim da crise do desemprego na Europa
"Os desequilíbrios na zona do euro continuam sendo amplos, com um desemprego na Espanha e na Grécia de 27% para este ano", disse Olli Rehn
Da Redação
Publicado em 3 de maio de 2013 às 18h13.
A Comissão Europeia pediu nesta sexta-feira a "superação da crise do desemprego na Europa" em um contexto de recessão pior que o previsto para este ano na zona do euro, em particular na França e na Espanha.
Bruxelas dará provavelmente mais dois anos a esses dois países para cumprir seus objetivos do déficit.
"Os desequilíbrios na zona do euro continuam sendo amplos, com um desemprego na Espanha e na Grécia de 27% para este ano", disse Olli Rehn, vice-presidente da Comissão Europeia e responsável por Assuntos Monetários, em coletiva de imprensa em que apresentou as previsões econômicas de primavera.
"Diante desta prolongada recessão, devemos fazer tudo o que for necessário para superar a crise do desemprego na Europa", destacou.
Em um momento em que vários especialistas criticam o programa de austeridade estimulado por Bruxelas, Rehn afirmou: "a aplicação eficaz das medidas de ajuste e políticas para reforçar a união econômica e monetária é crucial para evitar o retorno do estresse nos mercados financeiros".
O Produto Interno Bruto (PIB) da Eurozona registrará uma contração de 0,4% este ano, depois de ter caído 0,6% em 2012, disse a CE.
Em suas previsões de inverno, divulgadas no dia 22 de fevereiro, Bruxelas havia previsto uma queda de 0,3% para o PIB do bloco.
Esses dados podem piorar ainda mais devido aos "elevados níveis de desemprego em alguns estados membros", alertou a CE.
O crescimento só retornará a esta região de 340 milhões de habitantes em 2014, mas este também será pior que o previsto inicialmente: neste relatório a CE previu um crescimento de 1,2%, contra a média de 1,4% divulgada em fevereiro.
Em uma conjuntura cada vez pior, a atenção se concentra em França e Espanha, segunda e quarta economias do bloco.
A recessão na Espanha será pior que o esperado em 2013 (-1,5% em vez de -1,4%), com um desemprego de 27%, afirmou Bruxelas.
As previsões da Comissão não levam em conta as economias que serão obtidas com o plano de reformas que o governo espanhol enviou a Bruxelas esta semana.
Bruxelas acredita que o desemprego será reduzido na Espanha no próximo ano, ficando em 26,4%. Ainda assim, será o país com mais desemprego da zona do euro.
A Comissão acredita que as exportações serão "a única fonte de crescimento" da economia espanhola. A "demanda doméstica continuará sofrendo por culpa dos desequilíbrios acumulados durante o período de expansão", alertou.
Segundo estas previsões, o déficit público do país será de 7% de seu PIB em 2014, bem mais que os 5,5% previstos pelo governo espanhol de Mariano Rajoy e o desemprego de 27%, só comparado ao da Grécia.
A Espanha havia acordado com Bruxelas alcançar um déficit de menos de 3% em 2014, mas diante dos dados catastróficos do país a Comissão Europeia (CE) disse recentemente que provavelmente concederá mais dois anos, até 2016, para que o governo cumpra a meta fiscal.
Bruxelas também acredita ser "razoável" dar mais dois anos à França, até 2015, para cumprir seu compromisso de reduzir o déficit. A CE confirmará ambas as decisões no dia 29 de maio, quando apresentar suas recomendações econômicas.
"É obvio dar mais tempo para França e Espanha", disse Rehn.
O déficit da França será de 3,9% de seu PIB em 2013 e de 4,2% no próximo ano, disse Bruxelas. Em suas previsões de inverno, a CE havia previsto um déficit de 3,7% neste ano e de 3,9% em 2014.
O país fechará o ano em recessão, com uma queda de 0,1%, segundo as previsões, mais pessimistas que as do governo francês, que aguarda um crescimento de 0,1%.
Os dados são pouco alentadores para os países resgatados: a economia cipriota encolherá 8,7% este ano, a Grécia, 4,2% e Portugal, 2,3%. A única que se salva é a Irlanda, que terá um crescimento de 1,1%.
Pelo menos a Grécia, berço da crise da zona do euro, voltará a crescer em 2014, com um PIB em alta de 0,6%, após seis anos consecutivos de recessão, confirmou nesta sexta-feira a Comissão Europeia.
"Há um claro erro na estratégia europeia", alertou Roland Gillet, da Universidade Livre de Bruxelas (ULB) e da Sorbonne.
"Apenas mais solidariedade poderá salvar a Europa desta crise. Do contrário, enfrentaremos um cenário devastador", disse.
A Comissão Europeia pediu nesta sexta-feira a "superação da crise do desemprego na Europa" em um contexto de recessão pior que o previsto para este ano na zona do euro, em particular na França e na Espanha.
Bruxelas dará provavelmente mais dois anos a esses dois países para cumprir seus objetivos do déficit.
"Os desequilíbrios na zona do euro continuam sendo amplos, com um desemprego na Espanha e na Grécia de 27% para este ano", disse Olli Rehn, vice-presidente da Comissão Europeia e responsável por Assuntos Monetários, em coletiva de imprensa em que apresentou as previsões econômicas de primavera.
"Diante desta prolongada recessão, devemos fazer tudo o que for necessário para superar a crise do desemprego na Europa", destacou.
Em um momento em que vários especialistas criticam o programa de austeridade estimulado por Bruxelas, Rehn afirmou: "a aplicação eficaz das medidas de ajuste e políticas para reforçar a união econômica e monetária é crucial para evitar o retorno do estresse nos mercados financeiros".
O Produto Interno Bruto (PIB) da Eurozona registrará uma contração de 0,4% este ano, depois de ter caído 0,6% em 2012, disse a CE.
Em suas previsões de inverno, divulgadas no dia 22 de fevereiro, Bruxelas havia previsto uma queda de 0,3% para o PIB do bloco.
Esses dados podem piorar ainda mais devido aos "elevados níveis de desemprego em alguns estados membros", alertou a CE.
O crescimento só retornará a esta região de 340 milhões de habitantes em 2014, mas este também será pior que o previsto inicialmente: neste relatório a CE previu um crescimento de 1,2%, contra a média de 1,4% divulgada em fevereiro.
Em uma conjuntura cada vez pior, a atenção se concentra em França e Espanha, segunda e quarta economias do bloco.
A recessão na Espanha será pior que o esperado em 2013 (-1,5% em vez de -1,4%), com um desemprego de 27%, afirmou Bruxelas.
As previsões da Comissão não levam em conta as economias que serão obtidas com o plano de reformas que o governo espanhol enviou a Bruxelas esta semana.
Bruxelas acredita que o desemprego será reduzido na Espanha no próximo ano, ficando em 26,4%. Ainda assim, será o país com mais desemprego da zona do euro.
A Comissão acredita que as exportações serão "a única fonte de crescimento" da economia espanhola. A "demanda doméstica continuará sofrendo por culpa dos desequilíbrios acumulados durante o período de expansão", alertou.
Segundo estas previsões, o déficit público do país será de 7% de seu PIB em 2014, bem mais que os 5,5% previstos pelo governo espanhol de Mariano Rajoy e o desemprego de 27%, só comparado ao da Grécia.
A Espanha havia acordado com Bruxelas alcançar um déficit de menos de 3% em 2014, mas diante dos dados catastróficos do país a Comissão Europeia (CE) disse recentemente que provavelmente concederá mais dois anos, até 2016, para que o governo cumpra a meta fiscal.
Bruxelas também acredita ser "razoável" dar mais dois anos à França, até 2015, para cumprir seu compromisso de reduzir o déficit. A CE confirmará ambas as decisões no dia 29 de maio, quando apresentar suas recomendações econômicas.
"É obvio dar mais tempo para França e Espanha", disse Rehn.
O déficit da França será de 3,9% de seu PIB em 2013 e de 4,2% no próximo ano, disse Bruxelas. Em suas previsões de inverno, a CE havia previsto um déficit de 3,7% neste ano e de 3,9% em 2014.
O país fechará o ano em recessão, com uma queda de 0,1%, segundo as previsões, mais pessimistas que as do governo francês, que aguarda um crescimento de 0,1%.
Os dados são pouco alentadores para os países resgatados: a economia cipriota encolherá 8,7% este ano, a Grécia, 4,2% e Portugal, 2,3%. A única que se salva é a Irlanda, que terá um crescimento de 1,1%.
Pelo menos a Grécia, berço da crise da zona do euro, voltará a crescer em 2014, com um PIB em alta de 0,6%, após seis anos consecutivos de recessão, confirmou nesta sexta-feira a Comissão Europeia.
"Há um claro erro na estratégia europeia", alertou Roland Gillet, da Universidade Livre de Bruxelas (ULB) e da Sorbonne.
"Apenas mais solidariedade poderá salvar a Europa desta crise. Do contrário, enfrentaremos um cenário devastador", disse.