Comissão no Senado aprova convite para Campos Neto prestar esclarecimentos sobre política monetária
Senadores apresentaram requerimentos na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE)
Agência de notícias
Publicado em 27 de junho de 2023 às 17h39.
A Comissão de Assuntos Econômicos do Senado aprovou um novo convite para que o presidente do Banco Central , Roberto Campos Neto , compareça ao Senado para prestar esclarecimentos sobre a política monetária e a definição da Taxa Selic. Foram apresentados quatro requerimentos dos senadores Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), Ciro Nogueira (PP-PI), Rogério Marinho (PL-RN) e Plínio Valério (PSDB-AM).
Mais cedo, a ministra do Planejamento, Simone Tebet , e o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, já haviam defendido a convocação do presidente do BC pela Casa.
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"O choque com a decisão do Copom é de fácil compreensão. O Brasil passa por um claro processo de redução da inflação. O IPCA dos últimos meses tem sido reiteradamente abaixo das expectativas, e desacelerou para apenas 0,23% em maio", disse Randolfe Rodrigues em requerimento.
Na última quarta-feira, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu manter a taxa básica em 13,75% ao ano. Isso despertou uma nova onda de críticas a Campos Neto.
Ata do Copom
A ata da reunião do Banco Central, divulgada na manhã desta terça-feira, porém, mostra que a maioria dos integrantes do Copom avalia que que a continuidade da queda da inflação, e seu impacto sobre as expectativas do mercado para o IPCA, pode possibilitar uma queda dos juros no começo de agosto.
Após a divulgação da ata, o ministro da Fazenda,Fernando Haddad, disse que a sinalização de possível queda da taxa básica de juros em agosto está em linha com as medidas do governo Lula e defendeu que o país está no "caminho certo".
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Na mesma linha, o vice-presidente Geraldo Alckmin afirmou que não há mais razões para taxa de juros não cair:
"Não há razão mais para não cair a taxa de juros. Então estamos muito confiantes de que deve cair.
Essa não é a primeira vez que Campos Neto será convidado à Comissão no Senado. O presidente do BC este na Casa no última dia 25 de abril, quando defendeu a autonomia da instituição.
"O Senado deve fazer isso. O Senado tem um compromisso com a República. É papel deles chamarem o presidente do BC e não tem nada de autoritarismo nisso" — disse Carlos Fávaro