Economia

Comissão da Reforma Trabalhista critica organização sindical

Especialistas dizem que a obrigatoriedade do imposto sindical é uma das raízes do grande fragmentação e elevado número de entidades

Sindicatos: "Temos um modelo sindical arcaico. Infelizmente, temos de tocar nesse ponto. O modelo sindical não serve para o nosso País" (Edison Vara/Reuters)

Sindicatos: "Temos um modelo sindical arcaico. Infelizmente, temos de tocar nesse ponto. O modelo sindical não serve para o nosso País" (Edison Vara/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 21 de fevereiro de 2017 às 22h30.

Brasília - A organização do movimento sindical no Brasil, com grande fragmentação e elevado número de entidades, foi criticada na audiência pública realizada nesta terça-feira, 21, pela Comissão da Reforma Trabalhista.

Especialistas dizem que a obrigatoriedade do imposto sindical é uma das raízes dessa distorção.

"Temos um modelo sindical arcaico. Infelizmente, temos de tocar nesse ponto. O modelo sindical não serve para o nosso País. A contribuição não deveria ser obrigatória e o trabalhador deveria ter liberdade em escolher o sindicato", disse o ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Walmir Oliveira da Costa, ao comentar que números recentes mostravam que o imposto arrecada cerca de R$ 12 bilhões por ano.

O vice coordenador de promoção da liberdade sindical do Ministério Público do Trabalho, Renan Bernardi Kalil, concorda.

"O imposto sindical é um anacronismo para a Organização Internacional do Trabalho", disse.

Kalil comentou que, de olho na verba bilionária arrecadada anualmente, há uma série de sindicatos que são desmembrados seja por representação de categoria ou abrangência geográfica.

Por isso, há grande fragmentação na representação sindical no Brasil.

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