Comércio mostra acomodação da demanda
Resultados das vendas do varejo em maio, divulgados pelo IBGE, confirmam estabilização do mercado interno, segundo a Tendências
Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h35.
Os dados mais recentes do comércio varejista confirmam que a demanda do mercado interno está se estabilizando, segundo a consultoria Tendências. O último número foi divulgado nesta quarta-feira (13/7) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e indica que as vendas do varejo cresceram 0,4% em maio, sobre abril.
Para a Tendências, "o último índice [do IBGE] reafirma as indicações de acomodação das vendas, dado que houve queda de 0,24% no mês anterior [abril]". A consultoria acrescenta que, entre dezembro do ano passado e maio, o comércio acumula uma queda de 0,7%. Na comparação do mês retrasado com maio de 2004, porém, verifica-se uma alta de 2,3%.
A consultoria destaca o desempenho dos bens duráveis, como móveis e eletrodomésticos, cujas vendas acumulam um crescimento de 19,3% entre janeiro e maio. A expansão de crédito direto ao consumidor é o que vem sustentando os negócios desses segmentos. Além de novas modalidades, como o crédito consignado, o financiamento também aumentou por meio da recente onda de associações entre redes varejistas e grandes bancos, segundo a Tendências.
A queda de consumo de bens não duráveis, como alimentos e bebidas, continua forte. Até maio, o acumulado do ano mostra um recuo de 4,3% nas vendas dos supermercados. Para a Tendências, a explicação para esse desempenho está mais ligado aos altos e inesperados resultados dos últimos meses de 2004, do que a uma evolução abaixo das expectativas neste ano.
Segundo a consultoria, uma evidência é a estabilização do índice de vendas dos supermercados, demonstrada pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Ao contrário do IBGE, a Abras apurou uma variação positiva de 0,6% entre dezembro e maio. Para o acumulado de 2005, a Tendências aposta em um crescimento de 4,2% do comércio varejista em geral.