Com vetos, Bolsonaro sanciona ajuda de R$60 bilhões a estados e municípios
Apenas profissionais de saúde e assistência social envolvidos no combate ao coronavírus ficam isentos da proibição temporária de reajuste
Agência Brasil
Publicado em 28 de maio de 2020 às 08h22.
Última atualização em 28 de maio de 2020 às 10h55.
O presidente Jair Bolsonaro sancionou, com vetos, a lei que trata da ajuda financeira de R$ 60 bilhões aos estados e municípios.
ALei Complementar nº 173, de 27 de dezembro de 2020, está publicada noDiário Oficial da Uniãodesta quinta-feira (28).
O presidente vetou o trecho da lei que tratava dos salários de servidores, que ficarão sem reajuste salarial até o fim de 2021. O congelamento de salários do funcionalismo foi a contrapartida negociada pela equipe econômica durante a discussão do projeto.
O texto sancionado prevê que apenas profissionais de saúde e de assistência social envolvidos nas medidas de combate à pandemia ficam isentos da proibição de reajuste aos servidores até 31 de dezembro de 2021.
De acordo com o texto, a União entregará, na forma de auxílio financeiro, aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios, em quatro parcelas mensais e iguais, no exercício de 2020.
Além de prever os repasses de R$ 60 bilhões, o texto também trata da suspensão de pagamentos de dívidas entre Estados, municípios e União, e da reestruturação de operações de crédito interno e externo junto a instituições financeiras e instituições multilaterais de crédito em meio ao estado de calamidade pela crise do coronavírus, que já matou mais de 25 mil pessoas no país.
A proposta aprovada pelo Congresso previa que outros servidores civis e militares das Forças Armadas e da segurança pública também envolvidos nos esforços contra o coronavírus também poderiam ter seus salários reajustados. Este trecho foi vetado pelo presidente.
Em reunião há uma semana com governadores por videoconferência, Bolsonaro anunciou que sancionaria a ajuda em breve e pediu apoio dos governadores ao veto à ampliação das categorias que poderiam ter reajuste.
Recebeu como resposta que a maioria dos chefes dos Executivos estaduais apoiava a medida.