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Colômbia propõe no FMI plano de resgate à Venezuela de US$ 60 bilhões

O ministro da Fazenda da Colômbia afirmou que o resgate seria usado para abastecer o mercado interno e garantir uma dieta básica na Venezuela

Venezuela: o país vive um grave crise econômica e já perdeu metade do seu PIB desde 2013 (Jaime Saldarriaga/Reuters)
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EFE

Publicado em 19 de abril de 2018 às 14h30.

Última atualização em 16 de maio de 2018 às 17h56.

Washington — O ministro da Fazenda da Colômbia , Mauricio Cárdenas, anunciou nesta quinta-feira uma proposta no Fundo Monetário Internacional ( FMI ) de resgate financeiro à Venezuela de US$ 60 bilhões para a "estabilização macroeconômica", que seriam aplicados quando houver um governo disposto a adotar as "políticas econômicas corretas".

"Ninguém sabe quando vai acontecer uma mudança de governo na Venezuela (atualmente liderada pelo presidente Nicolás Maduro), mas temos que estar preparados para isso", disse em entrevista à Agência Efe Cárdenas, que participa da assembleia de primavera do FMI, em Washington.

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O ministro afirmou que a proposta de US$ 60 bilhões é "baseada em um nível mínimo de importações para a Venezuela, que precisa importar para abastecer sua agricultura, sua indústria e seus bens de consumo para garantir uma dieta básica".

Cárdenas indicou que este "plano de resgate" é pensado "para os venezuelanos, (já que) no dia em que a Venezuela adotar as medidas econômicas corretas, será preciso um financiamento adicional para pôr a casa em ordem, e que a economia volte a funcionar".

A Venezuela vive uma profunda crise econômica que a fez perder metade do seu produto interno bruto (PIB) desde 2013 e sofre uma hiperinflação que provocou escassez de alimentos e remédios. Além disso, milhares de venezuelanos se refugiaram na Colômbia e no Brasil.

"Este é um problema com consequências fiscais hoje delicadas, mas que podem se transformar muito rapidamente em graves", apontou.

Nesta quarta-feira o Banco Mundial (BM) expressou sua "melhor disposição" para aliviar a crise de refugiados no Brasil e na Colômbia que fogem da "preocupante situação" na Venezuela, com "perdas econômicas que foram enormes e tiveram um impacto sério na população".

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