Economia

Cinco assuntos que movimentam a economia e o mercado brasileiro nesta semana

As tendências para os juros do Fed devem seguir como fator decisivo para os mercados com payroll e outros dados nos EUA durante a semana

Brasil ficou em 7º lugar em lista de complexidade para fazer negócios (FG Trade/Getty Images)

Brasil ficou em 7º lugar em lista de complexidade para fazer negócios (FG Trade/Getty Images)

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Bloomberg

Publicado em 28 de agosto de 2022 às 18h45.

As tendências para os juros do Fed devem seguir como fator decisivo para os mercados com payroll e outros dados nos EUA na próxima semana. No Brasil, juros reagem aos leilões do Tesouro, além do PIB, que deve mostrar crescimento, e inflação. Petrobras começa a pagar megadividendo e campanha eleitoral ganha tração.

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Payroll

Após Jerome Powell dizer em Jackson Hole que o Fed será dependente de dados, os ativos devem reagir à agenda forte de dados nos EUA na próxima semana, que terá como destaque o relatório de emprego. O payroll deve mostrar na sexta-feira um aumento de 300.000 vagas em agosto, ante 528.000 em julho. Dirigentes do BC americano como a vice-presidente Lael Brainard e John Williams, do Fed-NY, falam na semana. Mercados ainda vão acompanhar CPI da zona do euro, com estimativa de aceleração, e PMIs da China, onde medidas de estímulo ajudaram a impulsionar commodities esta semana.

PIB e IGP-M

O pulso da atividade econômica e o ritmo da inflação no Brasil poderão ser medidos por dados importantes nos próximos dias. O PIB do segundo trimestre, que sai na quinta-feira, deve mostrar alta de 0,9% sobre o primeiro trimestre, quando o crescimento foi de 1%, segundo os economistas. No acumulado dos últimos quatro trimestres, a estimativa é de expansão de 2,6%. A semana ainda deve contar com dados de emprego, crédito, balança comercial e resultados fiscais. No campo da inflação, destaques são as projeções da Focus para o IPCA, na segunda-feira, e o IGP-M de agosto, na terça.

Leilões do Tesouro

Os operadores de juros futuros devem continuar atentos aos leilões do Tesouro, que provocaram oscilações agudas nos contratos de DI nesta semana. As taxas subiram nesta quinta-feira depois que o Tesouro ofertou 19 milhões de LTNs, uma semana após o leilão ainda mais expressivo de 23 milhões, que também pressionou a curva de juros. Na última terça-feira, por outro lado, os juros futuros caíram depois que o Tesouro reduziu a oferta de papeis atrelados à inflação, as NTN-B. Segundo analistas, o Tesouro recentemente vem tirando vantagem do alívio visto nos juros longos nas semanas anteriores para ampliar a captação de recursos com títulos prefixados.

Eleição

A pouco mais de um mês do 1º turno, o mercado vai avaliar as próximas pesquisas em busca de eventual impacto de eventos recentes, como as entrevistas dos candidatos na TV Globo. BTG/FSB, Genial/Quaest e PoderData devem divulgar levantamentos. O horário eleitoral em rádio e TV começa nesta sexta-feira. O primeiro debate na Band está previsto para domingo, mas há dúvidas sobre a participação do presidente Jair Bolsonaro, segundo os jornais.

Petrobras e IRB

A Petrobras começa a pagar dividendos em 31 de agosto para os detentores de ações de emissão da estatal negociadas na B3. O dividendo aprovado no final de julho é de R$ 6,732 por ação. Um dia antes, o Cade julga venda da refinaria Reman da Petrobras para a Ream, em sessão extraordinária. O IRB Brasil oficializou a decisão de fazer uma oferta oferta subsequente de ações. Com base na cotação dos papéis em 24 de agosto, a oferta poderia levantar cerca de R$ 1,2 bilhão. A prioridade para o uso dos recursos, segundo a empresa, é regularizar indicadores estabelecidos pela autarquia do setor, a Susep. O preço por ação será definido em 1 de setembro. No mesmo dia, ocorrem o Itaú Day com investidores e analistas e o Hype Day 2022, da Hypera.

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