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Chuvas aumentam e risco de racionamento energético recua

Menor risco de apagão já reduz preço da energia no mercado à vista

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h44.

O aumento das chuvas e a recuperação do nível dos reservatórios, previstos para o próximo mês, deixaram o mercado mais otimista quanto ao risco de racionamento de energia neste ano. De acordo com relatório da corretora Ativa, a continuidade desse processo "poderá afastar de maneira substancial o risco de racionamento para o ano de 2008".

A análise baseia-se em dados divulgados pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), divulgado nesta sexta-feira (25/1). De acordo com o documento, chamado de Planejamento Mensal Operacional (PMO), o volume de chuvas previsto para fevereiro será melhor que o dos meses anteriores, e mais próximo da média histórica.

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Para a região Sul, o PMO prevê um volume de chuvas acima da média histórica - 102%. Para as regiões Sudeste/Centro-Oeste, o volume será 81% da média. No Norte, 86%. O caso mais grave será o do Nordeste, onde as precipitações previstas serão de apenas 35% da média histórica.

"Ao que tudo indica, o panorama hidrológico para o período úmido do ano corrente encontra-se em franca recuperação", diz a corretora. A melhora do cenário também é refletida no preço da energia no mercado à vista, chamado de spot. Na semana passada, o megawatt/hora era comercializado a 550 reais, ante os 570 reais da semana anterior - uma queda de 3,5%.

A Ativa lembra que o atraso do início do período de chuvas pode estar relacionado ao fenômeno meteorológico conhecido como La Niña. Esse fenômeno provoca o resfriamento do Oceano Pacífico, na região do Equador. Seus principais efeitos no Brasil são formações de frentes frias rápidas no Sul; temperaturas na média ou um pouco abaixo da média no Sudeste, durante o inverno; frentes frias no Nordeste (principalmente no litoral); tendência de chuvas abundantes no norte e leste da Amazônia; e tendência de chuvas acima da média no semi-árido nordestino.

Desempenho anterior

O PMO também estima que o Sudeste encerre janeiro com volume de chuvas equivalente a 63% da média histórica. O resultado é bastante inferior ao previsto inicialmente pela ONS (92% da média). Já o Sul terminará o mês com um regime de 113% da média, ante a previsão de 117%.

O Nordeste deve registrar um volume equivalente a 38% da média histórica. A ONS previa, originalmente, um resultado de 67%. Por fim, o Norte ficará com 46% da média, ante a estimativa inicial de 51%.

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