Economia

China vê menos espaço político para combater desaceleração

Espaço para o governo sustentar o crescimento está diminuindo


	Economia chinesa: líderes chineses apresentaram planos no ano passado para reformas com o objetivo de afastar a economia de sua dependência de investimentos e exportações
 (AFP)

Economia chinesa: líderes chineses apresentaram planos no ano passado para reformas com o objetivo de afastar a economia de sua dependência de investimentos e exportações (AFP)

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Da Redação

Publicado em 9 de abril de 2014 às 14h47.

Pequim - A China tem cada vez menos espaço para contar com ferramentas de política para sustentar a economia, afirmou nesta quarta-feira a principal agência de planejamento econômico do país, conforme o governo tenta deter uma desaceleração neste ano.

Na semana passada, o governo anunciou planos apara acelerar a construção de ferrovias e moradias populares, e reduziu impostos para pequenas empresas para ajudar a economia.

Ajuste de política é necessário para aliviar a volatilidade econômica, mas o espaço para o governo sustentar o crescimento está diminuindo, afirmou a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma em relatório avaliando a implementação do 12º plano de cinco anos de país (2011-2015).

"Contra o pano de fundo da crescente dívida de governos locais, alta proporção da dívida e rápido crescimento da oferta de dinheiro e financiamento social excessivamente grande, o espaço para simplesmente usar políticas fiscal e monetária para gerenciar a demanda e promover o crescimento econômico está ficando cada vez menor", disse a agência.

"Operações impróprias vão exacerbar o excesso de capacidade e adiar ajustes estruturais, elevar as pressões inflacionárias e acumular riscos de dívida", acrescentou.

Líderes chineses apresentaram planos no ano passado para reformas com o objetivo de afastar a economia de sua dependência de investimentos e exportações e deixá-la mais guiada pelo consumo, serviços e inovação, o que eles consideram mais sustentável.

Economistas consultados pela Reuters esperam que os dados do Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre a serem divulgados em 16 de abril mostrem desaceleração do crescimento para mínima de cinco anos de 7,3 por cento, ante 7,7 por cento em todo o ano de 2013.

A Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma disse que a política monetária deve efetivamente impedir a inflação e manter a liquidez do mercado financeiro, além de manter as taxas de juros do mercado em níveis apropriados.

A China vai acelerar o ritmo de convertibilidade do iuan na conta de capital e aumentar as flutuações da taxa de câmbio do iuan, completou.

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