China atua para conter desvalorização do iuane em Hong Kong
Investidores e analistas acreditam que a intervenção é voltada a evitar apostas contra a moeda chinesa
Da Redação
Publicado em 13 de setembro de 2016 às 11h36.
Hong Kong - O mais vibrante mercado para negociações do iuane na China continental tornou-se um palco crucial na batalha de Pequim para defender a moeda nacional.
A suposta intervenção de bancos chineses no que é conhecido como o mercado "offshore" de Hong Kong levou a um salto no custo para os bancos no território para emprestar iuane entre si.
Investidores e analistas acreditam que a intervenção - que eles dizem que deve ter sido orientada pelo Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês) - é voltada a evitar apostas contra a moeda chinesa.
Na segunda-feira, a taxa de empréstimo do iuane no overnight interbancário em Hong Kong atingiu 5,5155%, em seu maior patamar desde 19 de fevereiro.
A taxa superou 5% na quinta-feira, depois de quase dois meses de relativa calma, e tem desde então se mantido em níveis que operadores caracterizaram como elevados.
O aparente movimento forte de compras pelos bancos chineses ajudou a pressionar o mercado que a China tentava fomentar há alguns anos, quando buscava promover o iuane como uma importante moeda de troca internacional.
Pequim adotou recentemente medidas para apoiar a moeda, como fortalecer restrições ao fluxo de dinheiro para fora da China continental.
Um executivo de um dos quatro bancos estatais que operam em Hong Kong disse que, com os custos tão altos, "é muito difícil realizar negócios em iuane aqui".
Segundo ele, "é muito óbvio" que a internacionalização do iuane ficou para trás, perdendo espaço para a defesa da moeda.
Em resposta ao Wall Street Journal, o PBoC disse que "as visões e análises colocadas não são verdadeiras", sem dar detalhes.
Na semana passada, o presidente Xi Jinping afirmou que a internacionalização do iuane ocorreria de maneira "ordenada" e que a China continuará a encorajar o uso da moeda no exterior.
A China enfrenta um processo de desaceleração econômica e houve uma apreciação forte do iuane. Agora, Pequim trabalha para evitar que a moeda recue muito e potencialmente possa erodir a confiança dos investidores na economia.
Desde o início deste ano, o PBoC tem tentado permitir certa flutuação do iuane, mas sem deixá-lo recuar tão rápido que gere saídas excessivas de capital.
Essa estratégia, porém, pode ser alvo de apostas contra a moeda em Hong Kong, onde o iuane é negociado livremente. Quanto maiores as apostas contra a divisa offshore, maiores as dificuldades para o banco central controlar a desvalorização.
Fonte: Dow Jones Newswires.
Hong Kong - O mais vibrante mercado para negociações do iuane na China continental tornou-se um palco crucial na batalha de Pequim para defender a moeda nacional.
A suposta intervenção de bancos chineses no que é conhecido como o mercado "offshore" de Hong Kong levou a um salto no custo para os bancos no território para emprestar iuane entre si.
Investidores e analistas acreditam que a intervenção - que eles dizem que deve ter sido orientada pelo Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês) - é voltada a evitar apostas contra a moeda chinesa.
Na segunda-feira, a taxa de empréstimo do iuane no overnight interbancário em Hong Kong atingiu 5,5155%, em seu maior patamar desde 19 de fevereiro.
A taxa superou 5% na quinta-feira, depois de quase dois meses de relativa calma, e tem desde então se mantido em níveis que operadores caracterizaram como elevados.
O aparente movimento forte de compras pelos bancos chineses ajudou a pressionar o mercado que a China tentava fomentar há alguns anos, quando buscava promover o iuane como uma importante moeda de troca internacional.
Pequim adotou recentemente medidas para apoiar a moeda, como fortalecer restrições ao fluxo de dinheiro para fora da China continental.
Um executivo de um dos quatro bancos estatais que operam em Hong Kong disse que, com os custos tão altos, "é muito difícil realizar negócios em iuane aqui".
Segundo ele, "é muito óbvio" que a internacionalização do iuane ficou para trás, perdendo espaço para a defesa da moeda.
Em resposta ao Wall Street Journal, o PBoC disse que "as visões e análises colocadas não são verdadeiras", sem dar detalhes.
Na semana passada, o presidente Xi Jinping afirmou que a internacionalização do iuane ocorreria de maneira "ordenada" e que a China continuará a encorajar o uso da moeda no exterior.
A China enfrenta um processo de desaceleração econômica e houve uma apreciação forte do iuane. Agora, Pequim trabalha para evitar que a moeda recue muito e potencialmente possa erodir a confiança dos investidores na economia.
Desde o início deste ano, o PBoC tem tentado permitir certa flutuação do iuane, mas sem deixá-lo recuar tão rápido que gere saídas excessivas de capital.
Essa estratégia, porém, pode ser alvo de apostas contra a moeda em Hong Kong, onde o iuane é negociado livremente. Quanto maiores as apostas contra a divisa offshore, maiores as dificuldades para o banco central controlar a desvalorização.
Fonte: Dow Jones Newswires.