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Centro-Sul tem 220 usinas de cana paradas por greve de caminhoneiros

Fórum Nacional Sucroenergético diz que toda a moagem da região pode ser interrompida se protesto nas estradas continuar até quinta-feira (31)

Cana-de-açúcar: o centro-sul brasileiro é responsável por 94% da produção de etanol no país (Elza Fiuza/Agência Brasil)
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Reuters

Publicado em 28 de maio de 2018 às 19h34.

São Paulo - Ao menos 220 usinas de cana estão paradas em todo o centro-sul do Brasil em decorrência dos protestos de caminhoneiros , disse nesta segunda-feira o Fórum Nacional Sucroenergético, alertando que todas as 340 unidades podem suspender as atividades até quinta-feira caso as manifestações persistam.

"O motivo da paralisação é a falta de óleo diesel, utilizado na colheita, plantio e irrigação da cana-de-açúcar, e de outros insumos, principalmente produtos químicos como cal, ácido sulfúrico, entre outros", destacou o Fórum, principal entidade nacional do setor sucroenergético.

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Conforme o Fórum, o centro-sul é responsável por 94 por cento da produção de etanol no país, e a perda de receita estimada já é de 300 milhões de reais ao dia.

"Nesses dias, as usinas estão deixando de produzir mais de 250 mil toneladas de açúcar e 300 milhões de litros de etanol por dia. Estamos em plena safra e as distribuidoras não conseguem tirar os produtos para entrega nos postos para o abastecimento."

A entidade alerta para o risco de o setor ter dificuldades em pagar salários, de o governo arrecadar menos e de haver menos bagaço para cogeração de energia.

Mais cedo, consultorias e a própria União da Indústria de Cana-de-açúcar afirmaram que a moagem de cana no centro-sul na segunda quinzena de maio poderá ser 10 milhões de toneladas menor na comparação anual, enquanto todas as usinas de São Paulo tendem a parar já na terça-feira.

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