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Céleres eleva previsão de safra de soja do país

Produção de soja do Brasil em 2013/14 foi estimada nesta quarta-feira em 87,2 milhões de toneladas

Soja: números da Céleres são conservadores perto da previsão da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que na terça-feira previu uma safra recorde acima de 90 milhões de toneladas (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 11 de dezembro de 2013 às 13h55.

São Paulo - A produção de soja do Brasil em 2013/14 foi estimada nesta quarta-feira em 87,2 milhões de toneladas, de acordo com levantamento da consultoria agrícola Céleres, que elevou em 1 milhão de toneladas a sua projeção na comparação com a estimativa anterior, com um crescimento da previsão de plantio da oleaginosa.

Os números da Céleres são conservadores perto da previsão da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que na terça-feira previu uma safra recorde acima de 90 milhões de toneladas.

No entanto, o sócio-diretor da consultoria, Anderson Galvão, não descarta novas revisões para cima na sua estimativa, se o tempo continuar favorecendo o desenvolvimento das lavouras.

"Considerando que a safra acaba de ser semeada e que --até o momento-- as condições de desenvolvimento estão próximas do ideal, é possível que a produção efetiva fique próxima, ou até acima de 90 milhões de toneladas", afirmou Galvão em entrevista ao chat Trading Brazil.

A colheita da soja 13/14 começa a chegar ao mercado no início do próximo ano.

A Céleres ainda está conservadora em relação ao tamanho da safra porque o plantio acaba de ser concluído em algumas regiões, como o oeste da Bahia, e a produtividade potencial será definida em janeiro e fevereiro em boa parte do país, dependendo das condições meteorológicas.

O plantio de soja foi estimado agora pela Céleres em um recorde de 29,7 milhões de hectares, 200 mil hectares acima do levantamento anterior e um crescimento de 2 milhões de hectares ante a estimativa da Conab para a safra anterior, no embalo da firme demanda internacional por produtos alimentares.

Caso a previsão de safra seja confirmada, superaria de longe o recorde da temporada passada, segundo números oficiais, de 81,5 milhões de toneladas.


"Em suma, nosso viés é de alta nas estimativas de produção de soja nos próximos meses", disse Galvão, que acredita que o Brasil caminha para assumir a liderança global na produção de soja, superando os Estados Unidos.

Na avaliação da Céleres, a demanda por soja deve seguir aquecida mesmo com os preços acima dos 13 dólares por bushel na bolsa de Chicago, um patamar historicamente elevado.

"O risco que vejo para o mercado da soja é a esperada expansão da área de soja nos Estados Unidos, em maio de 2014. O produtor americano claramente migrará do milho para a soja, trazendo um novo equilíbrio para o mercado." Com eventualmente um preço internacional mais baixo, por conta de um possível aumento da próxima safra dos EUA, e custos em alta no país, haveria um desestímulo à expansão de área plantada nas fronteiras agrícolas do Brasil.

"Olhando no médio e longo prazo, não acho que há tendência dos custos de produção caírem. Embora no mercado internacional exista um viés de baixa no preço da energia (shale gás nos EUA, gás natural...), não acredito que esse impacto será sentido pelo agricultor brasileiro."

Milho

Por outro lado, a Céleres reduziu sua previsão da safra de milho do Brasil 13/14 em 400 mil toneladas na comparação com levantamento anterior, para 82,7 milhões de toneladas, em meio a uma redução no plantio de verão na comparação com o ano anterior, diante da concorrência com a soja por área, com preços mais interessantes.

"Com relação a safra inverno, nós projetamos um discreto crescimento na área plantada, passando de 8,2 para 8,5 milhões de hectares", disse Galvão, citando ainda uma previsão de plantio no verão reduzida de 7,2 milhões de hectares para 6,8 milhões de hectares.

Somando as duas safras, o Brasil plantaria 15,3 milhões de hectares em 13/14, segundo a Céleres, contra 15,8 milhões de hectares da temporada, de acordo com números oficiais.

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São Paulo - A produção de soja do Brasil em 2013/14 foi estimada nesta quarta-feira em 87,2 milhões de toneladas, de acordo com levantamento da consultoria agrícola Céleres, que elevou em 1 milhão de toneladas a sua projeção na comparação com a estimativa anterior, com um crescimento da previsão de plantio da oleaginosa.

Os números da Céleres são conservadores perto da previsão da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que na terça-feira previu uma safra recorde acima de 90 milhões de toneladas.

No entanto, o sócio-diretor da consultoria, Anderson Galvão, não descarta novas revisões para cima na sua estimativa, se o tempo continuar favorecendo o desenvolvimento das lavouras.

"Considerando que a safra acaba de ser semeada e que --até o momento-- as condições de desenvolvimento estão próximas do ideal, é possível que a produção efetiva fique próxima, ou até acima de 90 milhões de toneladas", afirmou Galvão em entrevista ao chat Trading Brazil.

A colheita da soja 13/14 começa a chegar ao mercado no início do próximo ano.

A Céleres ainda está conservadora em relação ao tamanho da safra porque o plantio acaba de ser concluído em algumas regiões, como o oeste da Bahia, e a produtividade potencial será definida em janeiro e fevereiro em boa parte do país, dependendo das condições meteorológicas.

O plantio de soja foi estimado agora pela Céleres em um recorde de 29,7 milhões de hectares, 200 mil hectares acima do levantamento anterior e um crescimento de 2 milhões de hectares ante a estimativa da Conab para a safra anterior, no embalo da firme demanda internacional por produtos alimentares.

Caso a previsão de safra seja confirmada, superaria de longe o recorde da temporada passada, segundo números oficiais, de 81,5 milhões de toneladas.


"Em suma, nosso viés é de alta nas estimativas de produção de soja nos próximos meses", disse Galvão, que acredita que o Brasil caminha para assumir a liderança global na produção de soja, superando os Estados Unidos.

Na avaliação da Céleres, a demanda por soja deve seguir aquecida mesmo com os preços acima dos 13 dólares por bushel na bolsa de Chicago, um patamar historicamente elevado.

"O risco que vejo para o mercado da soja é a esperada expansão da área de soja nos Estados Unidos, em maio de 2014. O produtor americano claramente migrará do milho para a soja, trazendo um novo equilíbrio para o mercado." Com eventualmente um preço internacional mais baixo, por conta de um possível aumento da próxima safra dos EUA, e custos em alta no país, haveria um desestímulo à expansão de área plantada nas fronteiras agrícolas do Brasil.

"Olhando no médio e longo prazo, não acho que há tendência dos custos de produção caírem. Embora no mercado internacional exista um viés de baixa no preço da energia (shale gás nos EUA, gás natural...), não acredito que esse impacto será sentido pelo agricultor brasileiro."

Milho

Por outro lado, a Céleres reduziu sua previsão da safra de milho do Brasil 13/14 em 400 mil toneladas na comparação com levantamento anterior, para 82,7 milhões de toneladas, em meio a uma redução no plantio de verão na comparação com o ano anterior, diante da concorrência com a soja por área, com preços mais interessantes.

"Com relação a safra inverno, nós projetamos um discreto crescimento na área plantada, passando de 8,2 para 8,5 milhões de hectares", disse Galvão, citando ainda uma previsão de plantio no verão reduzida de 7,2 milhões de hectares para 6,8 milhões de hectares.

Somando as duas safras, o Brasil plantaria 15,3 milhões de hectares em 13/14, segundo a Céleres, contra 15,8 milhões de hectares da temporada, de acordo com números oficiais.

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