Cassação de Jefferson pode ser a primeira de uma série
Secretário-geral do PTB, deputado Luiz Antonio Fleury, advertiu parlamentares que correm o risco de perde o mandato
Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h25.
A cassação de Roberto Jefferson (PTB-RJ) na noite desta quarta-feira (14/9) surtiu uma reação do PTB. "Abriu a porteira. Quem não quiser ser cassado que renuncie antes de cair no Conselho de Ética", afirma o secretário-geral do PTB, Luiz Antonio Fleury (SP).
Depois de um discurso de mais de 40 minutos, em que chamou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva de "malandro" mas não apresentou novas denúncias, Roberto Jefferson não ficou em plenário para assistir à votação. Jefferson foi cassado com o voto de 313 deputados. Mas recebeu 156 a seu favor - e contra a cassação de seu mandato. Houve 13 abstenções e cinco votos em branco.
A sessão foi presidida pelo deputado José Thomaz Nonô (PFL-AL), vice-presidente da Câmara, pois Severino Cavalcanti decidiu abster-se depois que o empresário Sebastião Buani mostrou cheque que comprovaria pagamento de propina a ele. Um processo contra Severino no Conselho de Ética deve ser iniciado na próxima semana.
Em seguida à decisão, foi lido pelo primeiro secretário, Inocêncio Oliveira (PL-PE), o ato decretando a perda dos direitos políticos do deputado. Jefferson não poderá se candidatar até 2015.
O mandato que Jefferson acaba de perder era a sexta legislatura como deputado federal. Em 2003, acumulou as funções de presidente do PTB, cargo do qual está licenciado agora.
Intervenção do STF
Também na quarta-feira, seis deputados do PT ganharam um alívio do Supremo Tribunal Federal (STF). O presidente do Supremo, ministro Nelson Jovim, concedeu uma liminar suspendendo a tramitação dos processos de cassação de João Paulo Cunha (SP), ex-presidente da Câmara dos Deputados; Josias Gomes da Silva (BA); Professor Luizinho (SP); Paulo Rocha (PA); José Mentor (SP), e João Magno de Moura (MG).
Com informações da Agência Brasil.