Carne Fraca afeta expansão do Brasil no mercado global, diz Maggi
Ministro da Agricultura informou aos conselheiros da CNI que o objetivo era elevar a fatia brasileira no mercado de alimentos dos atuais 7% para 10%
Estadão Conteúdo
Publicado em 27 de março de 2017 às 16h40.
Brasília - A reação dos mercados consumidores internacionais às revelações da operação Carne Fraca , da Polícia Federal, vai afetar o trabalho de aumento da participação do Brasil no mercado internacional de alimentos, disse o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, em reunião do Conselho de Agronegócio da Confederação Nacional da Indústria (CNI). A informação foi divulgada na tarde desta segunda-feira, 27, pela assessoria de imprensa do ministério.
De acordo com a pasta, o ministro informou aos conselheiros da CNI que o objetivo era elevar a fatia brasileira no mercado de alimentos dos atuais 7% para 10%.
No entanto, o trabalho foi prejudicado pela operação. "O fato de conseguirmos manter o mercado aberto não significa que teremos o mesmo volume de vendas", comentou o ministro. Ele acrescentou que, sem um trabalho intenso, o risco é perder mercado.
O ministro esclareceu que a China e a União Europeia permanecem com muitas dúvidas sobre os controles sanitários brasileiros.
Essas perguntas têm sido respondidas pelo ministério, informou Maggi. A China, que havia suspendido o desembaraço das cargas de carne brasileira, retomou as importações hoje.
A União Europeia mantém restrição à compra de produtos dos 21 frigoríficos investigados. Desde o início da crise, o governo suspendeu a emissão de licenças de exportação para esses estabelecimentos.
Na reunião da CNI, o ministro disse que governo e associações do setor de carne terão de viajar para os principais mercados, para reafirmar a qualidade dos produtos brasileiros.