Economia

Carnaval em março traz ganhos para a economia, principalmente dos municípios

“Com certeza, todas as vezes que o carnaval foi para março, nós tivemos a real presença de turistas aqui no Brasil", afirma o presidente da Abih-RJ

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 24 de novembro de 2011 às 12h20.

Rio de Janeiro - O alongamento das férias, com o carnaval no início de março, traz ganhos para o turismo brasileiro, que se traduzem em entrada de divisas e geração de empregos, disse hoje (8) à Agência Brasil o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Rio de Janeiro (Abih-RJ), Alfredo Lopes de Souza Júnior.

“Com certeza, todas as vezes que o carnaval foi para março, nós tivemos a real presença de turistas aqui no Brasil, principalmente do mercado internacional. E, logicamente, se você colocar aí [gastos por turista] de US$ 250 por dia, isso é um incremento enorme na economia dos municípios, porque o turismo é municipal”, afirmou.

A hotelaria do município do Rio de Janeiro, por exemplo, já está com reservas fechadas para todo o mês de fevereiro. “E para o carnaval, nós já estamos com 80% de ocupação”.

Além da entrada de recursos na economia, o presidente da Abih-RJ destacou que a ocupação no carnaval representa aumento de vagas de trabalho. “Está diretamente ligado a emprego. Cada quarto gera quatro oportunidades de trabalho diretas e indiretas. E toda a cadeia produtiva da área de receptivo da cidade é movimentada. Quer dizer, são os táxis, ônibus, shoppings, restaurantes, enfim, é muito bom”, avaliou.

De acordo com dados da Abih-RJ, a capital fluminense tem atualmente 29 mil quartos. No estado do Rio, a rede hoteleira totaliza cerca de 40 mil quartos. E a expectativa é de crescimento, afiançou Alfredo Lopes. A entidade vai rever nos próximos dias as estatísticas, tendo em vista a expansão da oferta de quartos em todas as categorias de hotéis no estado, desde quartos standard até luxo.

A realização dos megaeventos esportivos, como a Confederação das Nações, os Jogos Mundiais Militares, a Copa do Mundo e as Olimpíadas, reforça essa percepção de crescimento do setor hoteleiro no país e, em particular, no Rio de Janeiro. A previsão é que até a Copa do Mundo a cidade do Rio tenha mais 4,5 mil quartos.

“E para as Olimpíadas, mais 5,5 mil quartos, o que soma 10 mil quartos. Eu diria que o incremento na rede hoteleira vai ocorrer em todo o estado do Rio, por conta que a Copa do Mundo irradia a ocupação para municípios situados a 150 ou 180 quilômetros da capital. E, também, devido às obras de infraestrutura que estão sendo efetuadas e dos polos de desenvolvimento do interior do estado que estão muito aquecidos, a exemplo de Itaguaí”, disse.

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