Economia

Câmbio eleva dívida líquida do governo para R$ 946,7 bi em maio

A desvalorização cambial de 6,26% ocorrida em maio foi determinante para o aumento da dívida líquida do setor público, segundo o Banco Central (BC). No mês passado, a dívida líquida alcançou 946,7 bilhões de reais, equivalentes a 56,8% do Produto Interno Bruto (PIB). Em abril, o valor era de 926,4 bilhões (56,5% do PIB). A […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h17.

A desvalorização cambial de 6,26% ocorrida em maio foi determinante para o aumento da dívida líquida do setor público, segundo o Banco Central (BC). No mês passado, a dívida líquida alcançou 946,7 bilhões de reais, equivalentes a 56,8% do Produto Interno Bruto (PIB). Em abril, o valor era de 926,4 bilhões (56,5% do PIB). A depreciação da moeda onerou os compromissos públicos em 14,7 bilhões, sendo 4,2 bilhões referentes à dívida mobiliária interna indexada ao dólar e 10,4 bilhões relativos à dívida externa líquida.

No acumulado de janeiro a maio, contudo, a proporção dívida líquida/PIB baixou 1,93 ponto percentual. O crescimento do PIB, neste período, foi o principal responsável pela queda, ao reduzir a proporção em 3,94 pontos percentuais. Esse efeito foi parcialmente anulado pelo aumento das necessidade de financiamento público, que elevaram proporção dívida líquida/PIB em 0,82 ponto percentual, e pela desvalorização cambial, que a aumentou em mais 1,15 ponto.

O valor nominal da dívida bruta do governo geral (governos federal, estaduais e municipais, mais a Previdência) mantém-se no mesmo patamar desde março, apesar da desvalorização cambial. A dívida totalizou 1,273 trilhão de reais (76,4% do PIB) em maio, contra 1,270 trilhão em abril e 1,274 trilhão em março (77,4% e 78,9% do PIB, respectivamente). A relativa estabilidade, conforme o Banco Central (BC), deve-se aos resgates de dívidas externas efetuadas em abril (14,9 bilhões de reais) e de dívidas mobiliárias amortizadas em maio (31,6 bilhões).

Dívida mobiliária

Já a dívida mobiliária federal somou 748,4 bilhões de reais no mês passado (44,9% do PIB), pela posição de carteira do BC. O valor indica uma queda de 2,5% sobre abril, equivalente a 19,3 bilhões. A redução decorreu de resgates líquidos de 33,5 bilhões, depreciação do real frente ao dólar e incorporação de juros.

Conforme o BC, efeturam-se emissões líquidas de 1,8 bilhão em NTN-Cs no mês passado. O governo também resgatou 30,5 bilhões em LFTs, de 1,8 bilhão em NTN-Ds, e de 1,7 bilhão em NBCEs.

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