Economia

Bush aceita usar recursos da ajuda aos bancos para socorrer montadoras

Governo muda de posição, após o Senado americano rejeitar um pacote de US$ 14 bilhões para apoiar o setor

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Da Redação

Publicado em 18 de dezembro de 2008 às 07h57.

O socorro às montadoras americanas pode sair do pacote de ajuda aos bancos, aprovado pelo Congresso dos Estados Unidos em outubro. Após os senadores rejeitarem, nesta sexta-feira (12/12), o plano de resgate do setor automotivo, que contemplava US$ 14 bilhões para a General Motors, Ford e Chrysler, o presidente George W. Bush sinalizou que pode utilizar parte do dinheiro destinado à ajuda do setor financeiro para apoiar as montadoras. Trata-se de uma mudança de postura, já que Bush resistia à idéia.

"Sob condições normais, nos preferiríamos que o mercado determinasse o destino das empresas privadas, mas, dada a atua fragilidade da economia americana, vamos considerar outras opções, se necessário", afirmou a porta-voz da Casa Branca, Dana Perino. "Isso inclui o uso do TARP para prevenir o colapso das montadoras", completou. O TARP foi aprovado em outubro, após muita polêmica, pelo Congresso com o objetivo de injetar 700 bilhões de dólares no sistema financeiro do país, combalido pelo estouro da crise hipotecária e pela quebra de bancos.

Segundo o The Wall Street Journal, Bush vinha insistindo que a ajuda ao setor automotivo deveria partir do Congresso. A possibilidade foi bem recebida pelo sindicato da indústria automotiva em Detroit. "É uma grande notícia: a resposta que esperávamos da Casa Branca e do Tesouro", afirmou Ron Getteelfinger, presidente do sindicato.

Os 700 bilhões à disposição dos bancos foram divididos em três parcelas. Do total, 350 bilhões já foram liberados para que o governo americano apoiasse os bancos por meio da recompra de títulos lastreados em hipotecas de alto risco. O restante pode ser liberado, desde que o Congresso aprove seu uso. O WSJ lembra, porém, que parte dos parlamentares republicanos e democratas está insatisfeita com os resultados do dinheiro que já foi liberado.

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