Brasileiros adiam viagem ao México por causa da gripe suína
Turistas acatam recomendação de agências do setor de deixar passeio para mais tarde ou mudar cidade de destino
Da Redação
Publicado em 4 de maio de 2009 às 16h44.
O susto trazido pela gripe suína pode ter tido seu efeito amenizado no mercado acionário brasileiro, mas as operadoras de turismo do país começam a sentir os efeitos da doença, conforme seus clientes adiam viagens com destino ao México.
O total dos estragos sobre as vendas de pacotes internacionais não pode ser contabilizado ainda, segundo Luiz Eduardo Barbosa, presidente da Braztoa (Associação Brasileira das Operadoras de Turismo), porém, já nota-se que os consumidores estão se apressando para trocar passagens.
As próprias agências estão recomendando que os turistas que planejavam visitar o México, tido como o centro da gripe suína, marquem uma nova data mais oportuna e adequada para isso. O cancelamento de pacotes para o país passou a ocorrer na última semana, afirmou Leonel Rossi Júnior, diretor da Abav (Associação Brasileira de Agências de Viagens).
Barbosa explicou que, apesar de o México ser o principal motivo de preocupação dos brasileiros, outros destinos estão sendo questionados pelos clientes mais assustados, como os Estados Unidos - segundo país com o maior número de infectados.
“Nossa orientação é avisá-lo da preocupação com o México, mas doenças oportunistas estão em todos os lugares. O Brasil, por exemplo, tem a dengue em diversos estados”, lembrou.
Tanto a Braztoa e quanto a Abav pediram a seus associados que orientem passageiros e consumidores sobre a Influenza A, nome pelo qual ficou conhecida a gripe suína. Quem quiser manter a viagem deve se precaver com uso de máscaras cirúrgicas descartáveis, lavando as mãos freqüentemente, evitando lugares de concentração de pessoas, entre outros.
As companhias aéreas mexicanas estão permitindo a remarcação da data das passagens sem cobrança de penalidades, porém, para casos de cancelamento e reembolso, as taxas são cobradas.
“Como a imprensa vem noticiando amplamente, medidas preventivas estão sendo tomadas naquele país. Entretanto, há riscos eminentes e não existe vacina que garanta a imunização. A Organização Mundial da Saúde considera grave a situação neste momento”, afirmaram as agências.