Economia

Brasil vai à Rússia discutir cotas de carne

O Brasil discute com a Rússia, a partir desta segunda-feira (19/1), as cotas impostas por aquele país aos produtores de carne brasileira. Os ministros da Agricultura, Roberto Rodrigues, e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, iniciam hoje em Moscou uma série de encontros com diferentes autoridades russas. A Rússia, grande importador de […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h57.

O Brasil discute com a Rússia, a partir desta segunda-feira (19/1), as cotas impostas por aquele país aos produtores de carne brasileira. Os ministros da Agricultura, Roberto Rodrigues, e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, iniciam hoje em Moscou uma série de encontros com diferentes autoridades russas.

A Rússia, grande importador de carne bovina e frango, distribuiu cotas aos vendedores externos e inclui o Brasil na categoria "outros países" - sem cota de compra específica. Isso significa que o exportador de carne brasileiro tem de disputar com outras nações um mercado de 68 mil toneladas para carne de frango e igual quantidade para carne bovina.

Segundo informações do Ministério da Agricultura, Roberto Rodrigues leva a Moscou um estudo demonstrando que o sistema de cotas russo fere pelo menos dois artigos do Acordo de Salvaguardas discutido no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC) não foram respeitados.

"A decisão russa de fixar cotas é prejudicial ao agronegócio brasileiro e não condiz com o nosso potencial exportador", disse o ministro. Rodrigues que tem reuniões agendadas com seu colega russo, Alexei V. Gordeev, e com o ministro de Negócios Estrangeiros, Igor Ivanov (ambas para amanhã, 20/1).

A revisão das cotas para carnes será o tema principal dos encontros, mas Rodrigues também pretende abordar a troca do sistema de cotas pelo de tarifas na importação de açúcar uma nova medida tomada pelo governo russo. O Brasil quer se certificar de que o novo modelo de negociação não trará prejuízos, já que a Rússia importa de 4 a 6 milhões de toneladas do produto por ano. "Também trataremos da abertura do mercado russo para mel, sucos e especiarias", disse Rodrigues.

Segundo informações do Ministério do Desenvolvimento, há um desequilíbrio na balança comercial dos dois países, com 1,5 bilhão de dólares em exportações brasileiras e apenas 550 milhões de vendas russas em 2003.

Furlan será recebido pelo vice-premier Boris Alioshin; pelo ministro de Política Antimonopolista e de Apoio à Atividade Empresarial, Ilia Yujanov; pelo ministro-chefe da Administração, Igor Shuvalov; e pelo ministro do Desenvolvimento Econômico e do Comércio, German Gref. Além das cotas da carne, Furlan irá conversar sobre oportunidades de investimentos e de associações, nas áreas de petroquímica, indústria pesada, aeroespacial, genética e de sistemas de gestão. "Num período de 15 anos, esperamos que o volume de investimentos bilaterais fique entre 40 bilhões e 50 bilhões de dólares , afirmou o ministro.

Acompanhe tudo sobre:[]

Mais de Economia

Empresas podem regularizar divergências em PIS e Cofins até novembro

Governo vai aplicar imposto de 15% sobre lucro de multinacionais

BC gasta até R$ 50 milhões ao ano para manter sistema do Pix, diz Campos Neto

Governo edita MP que alonga prazo de dedução de bancos e deve gerar R$ 16 bi de arrecadação em 2025